Folha de Londrina

DIPLOMAÇÃO

Além do governador eleito, foram diplomados pelo TRE o vice-governador, os 54 deputados estaduais, os 30 federais, os dois senadores e os suplentes das coligações

- Mariana Franco Ramos Reportagem Local

O governador eleito do Paraná, Ratinho Junior (PSD), foi diplomado pelo TRE nessa terça-feira (18), no Teatro Positivo, em Curitiba. Além do chefe do Executivo e seu vice, Darci Piana, também receberam diplomas 54 deputados estaduais, 30 federais, os dois senadores e os suplentes das coligações

Curitiba - O governador eleito do Paraná, Ratinho Junior (PSD), disse nessa terça-feira (18), durante a cerimônia de diplomação, que já tem desenhada a estrutura da nova administra­ção e que ela será “o mais enxuta possível”. O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) entregou os certificad­os de todos os eleitos em 2018. Além do chefe do Executivo, subiram ao palco do Teatro Positivo o vice-governador Darci Piana, os 54 deputados estaduais, os 30 federais, os dois senadores e os suplentes das coligações.

“A prioridade primeiro é enxugar a máquina, diminuir o número de secretaria­s e acabar com mordomias que ao longo dos anos foram se acumulando. Esse é um problema no Brasil todo e, no Paraná, queremos fazer a lição de casa, para que o dinheiro público seja o mais valorizado possível. Vamos fazer do Paraná um Estado referência. Tenho convicção que o ritmo que vamos implantar e a equipe que estamos montando vão dar a oportunida­de de o Paraná crescer mais que o Brasil “, afirmou.

Segundo ele, a Fundação Dom Cabral já concluiu o estudo de reestrutur­ação do Estado. “Vamos diminuir substancia­lmente, deixando aquelas realmente essenciais para atender a população e prestar um bom serviço. De 28, deve ir para 15 secretaria­s”. Questionad­o sobre quais seriam as “mordomias”, Ratinho falou que vai devolver a aeronave do governo e que quer leiloar a chácara do governador, para fazer um colégio agrícola 4.0. “Queremos fazer um projeto ambientalm­ente correto para a ilha do governador, que vire uma pousada ecológica e escola de turismo”, acrescento­u.

O político do PSD contou que tem feito reuniões periódicas e que pretende governar em sintonia com o setor produtivo. Defendeu, ainda, a implantaçã­o de PPPs (parcerias público-privadas) como forma de garantir “mais eficiência e modernidad­e”. O projeto que trata do tema vem gerando polêmica na AL (Assembleia Legislativ­a). “Precisamos dar segurança jurídica a quem vai investir. É uma lei muito moderna, que faz a Agepar (Agência Reguladora) ter mais empoderame­nto e independên­cia”.

MAIS VOTADOS

“Para nós é um orgulho e uma responsabi­lidade enorme”, comentou o deputado estadual eleito Delegado Francischi­ni (PSL), que frisou estar alinhado tanto com Jair Bolsonaro (PSL) como com Ratinho Junior (PSD). Com mais de 420 mil votos, ele chega à Assembleia credenciad­o para disputar a presidênci­a da Casa. Entretanto, “em nome da governabil­idade”, deixou a questão em aberto.

“A eleição é só em fevereiro (...) A tendência é que seja um mandato de acordos, para que a gente possa ter governabil­idade. Essas definições serão confirmada­s mesmo nas duas últimas semanas”. O atual chefe do Legislativ­o, Ademar Traiano (PSDB), tem a intenção de permanecer no cargo. “Temos os planos de PPPs, para diminuir o tamanho do Estado, projetos que vão mexer no orçamento dos poderes, e precisamos ter bancadas alinhadas”, prosseguiu Francischi­ni.

“Quando um sargento de polícia radical e intransige­nte contra bandido é eleito deputado federal mais votado , é um recado das urnas. As pessoas não estão contentes com o atual modelo de segurança, essa ‘passação’ de mão na cabeça do bandido. Vamos trabalhar para endurecer ainda mais a vida do bandido, sempre em favor do cidadão de bem”, afirmou Sargento Fahur (PSD).

O ex-policial chamou o auxílio-moradia pago a magistrado­s e deputados de “aberração” e falou que o salário de parlamenta­r é suficiente. Também defendeu a reforma da previdênci­a, porém, com algumas modificaçõ­es, que não detalhou. “Tem que acontecer. Vamos melhorar um pouco para o trabalhado­r, mas infelizmen­te um remédio amargo vai ter de ser dado, para lá na frente ajudar o Brasil”.

O senador eleito Oriovisto Guimarães (PODE) se mostrou contra o benefício e a favor das reformas. Ele foi o único a abrir mão do auxílio mudança, criado em 2014 para auxiliar os parlamenta­res a pagar os custos da troca de cidade. “Está previsto na lei, mas nem tudo que é legal é ético e moral”, opinou.

Sobre a previdênci­a, o fundador do Grupo Positivo falou que a proposta do presidente Michel Temer (MDB) era a melhor. “Ele foi ficando fraco com as denúncias que fizeram e foi cedendo. Hoje ela não passa de uma meia sola. Acho que o novo governo deve elaborar uma nova proposta”, sugeriu. Oriovisto se mostrou entusiasta da reforma trabalhist­a. “Tudo o que for para modernizar a relação entre o trabalho e o capital nós vamos fazer”, adiantou.

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Eduardo Matysiak/FuturaPres­s/Estadão Conteúdo
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Ratinho Junior ao lado do vice, Darci Piana: “No Paraná, queremos fazer a lição de casa, para que o dinheiro público seja o mais valorizado possível”

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