Ricardinho tem contas bloqueadas
São Paulo - A Justiça do Paraná determinou o bloqueio das contas bancárias e de quatro automóveis pertencentes ao ex-levantador Ricardinho por causa de uma denúncia de desvio de verbas públicas que deveriam ter sido utilizadas em eventos de vôlei. O bloqueio também vale para a sogra do jogador, Carmen Panza, e para o clube do qual ele é presidente, o Maringá Vôlei.
De acordo com a investigação do Ministério Público local, a Prefeitura de Maringá repassou ao Maringá Vôlei (nome fantasia da empresa Vôlei Brasil Centro de Excelência) R$ 880 mil para a realização de dois eventos em 2014: uma etapa da Liga Mundial e a Copa Brasil. Desse montante, porém, teriam sido justificados os gastos de apenas R$ 204 mil. Segundo a acusação, há provas de que R$ 255 mil foram parar em contas particulares de Ricardinho e Carmen.
O Ministério Público diz ainda que o advogado do clube, Rogério Rodrigues, sacou R$ 550 mil em espécie. O dinheiro da bilheteria, cerca de R$ 325 mil, também teria sumido.
A assessoria de imprensa do Maringá Vôlei e de Ricardinho afirmou, por meio de nota, que o questionamento do Ministério Público não aborda atividades cotidianas desenvolvidas pela associação e por Ricardinho, mas sim dois eventos realizados em 2014: Copa Brasil e Liga Mundial.
“Esclarece ainda que o Maringá Vôlei não fez qualquer contratação com a Prefeitura de Maringá e sim com a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV ), única detentora dos direitos de promover jogos da Copa Brasil e seleção brasileira. É importante ressaltar que todos os serviços contratados foram realizados e que as devidas prestações de contas foram feitas para a CBV”, diz a nota. Procurada, a CBV não se manifestou.