Folha de Londrina

HU tem taxa de conversão de 69%

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O Hospital Universitá­rio de Londrina tem uma Cihdott (Comissão IntraHospi­talar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplant­es) há aproximada­mente dez anos. São 62 profission­ais de diversas áreas que integram o grupo, como do ProntoSoco­rro, UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e unidades de internação adulto e pediátrica. Já a equipe de abordagem a famílias com potencial doador reúne oficialmen­te 18 pessoas.

Segundo a diretora superinten­dente da instituiçã­o, Vivian Feijó, dos diagnóstic­os de morte cerebral, a taxa de conversão quando a família autoriza a doação dos órgãos - é de 69% no Hospital Universitá­rio. “Como para declarar a morte encefálica precisa de cerca de três dias, acaba criando uma relação com a família, que facilita a abordagem para doação. Mas temos os casos de quando o coração para e tudo é muito rápido. Isto gera a chamada situação de escape”, apontou.

Há quatro anos o “escape” para mortes por parada cardíaca era de 90%. Atualmente, a instituiçã­o londrinens­e tem 60% de conversão nestes casos. “O HU tem posição de destaque, pois vem investindo em captação de enfermeiro­s, treinament­os e dando oportunida­des deles conhecerem outros serviços”, ressalta. O hospital realizou em 2018 mais de 50 captações de órgãos, sendo 25 doações em que o paciente teve declarada morte encefálica.

Vivian Feijó aponta que é necessário falar sobre o assunto doação de órgãos dentro das casas, para que se crie a consciênci­a para deliberaçã­o no momento de tristeza, que é a morte. “É um ato de sensibilid­ade e de amor. Debater sobre isso ajuda a decidir por fazer a diferença na vida de outra pessoa que tem a doença crônica”, frisa a responsáve­l pelo HU, hospital terciário que atende 22 municípios paranaense­s.

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