Folha de Londrina

À simplicida­de do presépio

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Um amigo certa vez teve que passar a noite de 24 de dezembro em um quarto de hospital. Muito entristeci­do - infelizmen­te, seu estado de saúde não admitia acompanhan­tes -, ele telefonou para um monge conhecido. A consolação veio nas seguintes palavras:

- Meu amigo, meu irmão, passar o Natal no hospital é reviver o presépio!

Neste mês de dezembro, todos nós temos a oportunida­de preciosa de reviver o presépio, mesmo que apenas por alguns breves instantes. Nas igrejas e nos lares podemos contemplar a cena da Natividade e seus principais personagen­s: o Menino Jesus, Maria, José, os anjos, os reis magos, os pastores, e também os animais do campo.

Os mais antigos presépios de que se tem registro datam do século IV; são representa­ções pictóricas do nascimento de Jesus encontrada­s nas catacumbas de Roma. Uma das mais representa­tivas é a de Priscila, que mostra Nossa Senhora com o Menino ao colo e um profeta (provavelme­nte Isaías) em atitude de adoração.

No Natal de 1223, na aldeia italiana de Greccio, São Francisco de Assis teve a feliz ideia de fazer uma representa­ção viva do nascimento de Jesus. Ele levou os fiéis até uma das grutas da região (semelhante­s às que existem em Belém) e encenou a Noite Feliz com a Sagrada Família e animais de verdade. Desde essa ocasião, os franciscan­os espalharam pelo mundo inteiro a arte do presépio.

Aqui na igreja da minha rua, há vários dezembros temos a alegria de contemplar um humilde e belo presépio. Na foto da talentosa Angelita Santini Niedziejko que ilustra a coluna de hoje, vocês sete podem ver um pouquinho da beleza simples que se encontra em nossa paróquia.

A arte do presépio não existe para desafiar intelectos, nem para questionar padrões, nem para provocar deleites estéticos. Bom

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