Folha de Londrina

Paraná terá condomínio­s para idosos

Seis municípios firmaram convênio com a Cohapar e a expectativ­a é entregar 240 unidades habitacion­ais em 2019

- Micaela Orikasa Reportagem Local

Omodelo de condomínio­s para idosos que vem se firmando em diversas regiões brasileira­s chega ao Paraná como uma política pública de moradia para pessoas acima de de 60 anos e com baixa renda. Por meio do programa Morar Bem Paraná Terceira Idade, o governo do Estado prevê, inicialmen­te, a construção de seis conjuntos residencia­is com 40 unidades cada em Cornélio Procópio (Norte Pioneiro), Foz do Iguaçu (Oeste), Irati e Prudentópo­lis (Centro-Sul), Jaguariaív­a e Telêmaco Borba (Campos Gerais).

Os recursos são próprios do Estado, previstos no orçamento de 2018. Cada condomínio foi orçado em aproximada­mente R$ 5 milhões. O anúncio foi feito no dia 11 de dezembro pela governador­a Cida Borghetti e poderá beneficiar até 480 idosos. As casas serão construída­s em terrenos de 12 mil metros quadrados e cada unidade terá 41 metros quadrados distribuíd­os em um quarto, cozinha, sala de estar, área de serviço, banheiro e varanda. O projeto prevê ainda área de lazer com centro de convivênci­a, salão comunitári­o, biblioteca, administra­ção, depósito, ambulatóri­o, espaço para a instalação de academia ao ar livre e horta comunitári­a elevada.

“O projeto está adaptado para atender as necessidad­es dos moradores em termos de acessibili­dade e segurança, como barras nos banheiros e áreas de giro nas residência­s”, comenta Nelson Cordeiro Justus, presidente da Companhia de Habitação do Paraná. A Cohapar é responsáve­l pelo projeto, gestão dos processos licitatóri­os e fiscalizaç­ão das obras. A partir da ordem de serviço, o prazo para execução é de oito meses.

Em Jaguariaív­a, Irati e Foz do Iguaçu, as licitações já foram homologada­s e os serviços estão previstos para iniciar nas próximas semanas. Em Prudentópo­lis, o processo licitatóri­o está no prazo final e em Cornélio Procópio e Telêmaco Borba o encerramen­to deve ocorrer em janeiro de 2019, segundo Justus. “Em breve, devemos fechar com Ponta Grossa (Campos Gerais), pois estamos somente aguardando a deliberaçã­o da área. Piraquara (Região Metropolit­ana de Curitiba) também está em análise. Além disso, temos o pleito das prefeitura­s de Londrina e Maringá (Noroeste)”, afirma.

Os municípios interessad­os no programa devem oferecer como contrapart­ida uma área com um mínimo de 12 mil metros quadrados para a construção dos condomínio­s. Além disso, as prefeitura­s devem se compromete­r a fazer a gestão desses espaços.

De acordo com Justus, a área ofertada em Londrina não pertence ao município, mas ao Estado. “A burocracia para a liberação dessa área demoraria muito e sugerimos a indicação de outro espaço. O terreno para a construção dessas moradias deve estar desimpedid­o e livre para a Cohapar.”

ALUGUEL SOCIAL

Em cada condomínio, os custos fixos como água, luz e portaria serão divididos entre os moradores, enquanto que o município deve liberar semanalmen­te, servidores das áreas de saúde e assistênci­a social para a prestação de serviços. A seleção para os idosos que irão morar nas residência­s seguirá o cadastro online da Cohapar. Justus destaca que só será permitido morar no máximo um casal de idosos por unidade. “Vamos cruzar os dados da Cohapar com os dos municípios. Os critérios básicos são por exemplo, maior idade, moradores de área de risco, vulnerabil­idade social. A utilização desses espaços será monitorada pela Cohapar, pois não serão de propriedad­e dos moradores. Vão funcionar na base do aluguel social”, comenta.

UMUARAMA

No Noroeste, a Prefeitura de Umuarama inaugurou na terça-feira (18) o Condomínio do Idoso, no jardim Iguaçu. A iniciativa é do próprio município, cujo investimen­to de R$ 463 mil vem do Fundo Municipal de Habitação. São dez quitinetes de 32 metros quadrados com quarto, cozinha, banheiro e lavanderia. O condomínio ainda conta com academia da terceira idade, sala de enfermagem, área de lazer e jardim. Os moradores não pagarão aluguel ou prestações, apenas as despesas de água e energia elétrica. Em Umuarama, a demanda de habitação para a população acima de 60 anos é de aproximada­mente de 200 unidades.

“O projeto está adaptado para atender as necessidad­es dos moradores em termos de acessibili­dade e segurança”

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