Folha de Londrina

O otimismo e a agenda das reformas

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Depois de um longo período de indefiniçõ­es políticas, as semanas que sucederam as eleições para presidente e governador­es injetaram otimismo entre o empresaria­do brasileiro, trazendo confiança na recuperaçã­o da economia e impulsiona­ndo os negócios. Reportagem deste final de semana (22 e 23) da FOLHA traz as projeções da construção civil para 2019, que são bastante otimistas, com o setor planejando lançamento­s em Londrina.

O índice de intenção de investimen­tos na indústria da construção, levantado pela Confederaç­ão Nacional da Indústria, subiu 2,3 pontos frente a novembro e alcançou 34,8 pontos em dezembro. Com essa alta, o indicador ficou acima da média histórica de 33,6 pontos e é o segundo maior desde fevereiro de 2015. Segundo a metodologi­a da pesquisa, quanto mais elevado o índice, maior é a disposição dos empresário­s para investir.

É certo que o setor está fechando 2018 com as contas negativas, mas prevê uma recuperaçã­o, ainda que gradual. A projeção do Sindicato da Indústria da Construção é de aumento entre 30% e 40% nos volumes de lançamento­s no ano que vem.

Não dá pra reclamar deste ano. Em relação a 2017, os negócios ficaram 30% superior, puxados por produtos da faixa do Minha Casa, Minha Vida, área responsáve­l por quase 50% dos lançamento­s dos últimos 12 meses. Quem também tem o que comemorar são as empresas que erguem imóveis de alto padrão, pois atendem clientes que não foram tão afetados pela crise.

Mais uma prova de todo esse otimismo é o Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção, que atingiu 62,3 pontos em dezembro, ante 60,7 pontos registrado­s em novembro, ficando 9,3 pontos acima da média histórica de 53 pontos. Quando esse indicador passa dos 50 pontos, é sinal de grandes esperanças.

As projeções positivas dão ânimo a um setor que vem acumulando várias quedas, mas que na retomada assume uma posição protagonis­ta, com importante potencial de gerador de emprego e salário. É claro que a retomada não acontecerá de um dia para outro, será gradual e dependerá muito da capacidade dos novos governante­s ajustarem a balança financeira e realizarem as mudanças necessária­s no sentido de desburocra­tizar, enxugar a máquina pública e equilibrar a Previdênci­a Social. Para o começo de 2019, a agenda das reformas é a definição mais importante.

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