Folha de Londrina

Joia do tênis paranaense

Tenista paranaense se prepara para entrar de vez no circuito profission­al em 2019

- Lucio Flávio Cruz Reportagem Local

Após ano vitorioso, tenista paranaense Thiago Wild, 18, mira o circuito profission­al em 2019. Atleta nascido em Marechal Cândido Rondon (Oeste), venceu o US Open (Aberto dos Estados Unidos) juvenil deste ano e é uma das principais apostas do tênis brasileiro

Oano de 2018 foi especial para o tenista paranaense Thiago Wild. O título do US Open (Aberto dos Estados Unidos) elevou o patamar do jogador, que se prepara agora para entrar definitiva­mente no circuito profission­al a partir de 2019.

Nascido em Marechal Cândido Rondon (Oeste) há 18 anos, Thiago Seyboth Wild vem de uma família de tenistas e entrou para a história do tênis brasileiro ao se tornar apenas o segundo jogador do País a vencer um Grand Slam juvenil - Tiago Fernandes havia sido campeão do Aberto da Austrália, em 2010.

Não apenas pelo maior título da curta carreira até agora, Wild comemorou a evolução e as conquistas na temporada. “Foi um grande ano. Ganhei o US Open, no meu último torneio no juvenil, disputei o Brasil Open, qualifying do Rio Open, e no fim me garanti na chave do Rio Open ano que vem. Ganhei de atleta perto do top 100, ganhei torneio profission­al. Foi um ótimo ano e espero seguir evoluindo em 2019”, afirmou o jogador.

A paixão de Wild pelo tênis vem da família. O pai, Cláudio Wild, é professor da modalidade e a irmã mais nova, Luana, 16 anos, também é tenista. A carreira dele começou a se transforma­r em 2014, quando, ao lado de toda a família, saiu de Marechal Cândido Rondon para morar no Rio de Janeiro e treinar na academia Tennis Route, um dos principais centros de desenvolvi­mento da modalidade no País.

“É muito importante para mim ter meu pai com esta vivência e ao meu lado aqui no Rio me dando os caminhos corretos. A família é uma base muito importante para qualquer tenista e se ela for do tênis, melhor ainda”, frisou.

Os resultados de Thiago Wild começaram a chamar a atenção em 2017, com campanhas significat­ivas em torneios juvenis importante­s. Depois vieram três finais em torneios de nível Future entre os profission­ais e os títulos em Antália, na Turquia, e São José do Rio Preto (SP). Para fechar com chave de ouro a trajetória entre os juvenis e comprovar a qualidade do paranaense, surgiu a conquista história em Flushing Meadows. “O título do US Open me deu mais confiança para acreditar mais em mim, que posso atingir meus objetivos e ser um grande profission­al, que é o que realmente importa”, apontou.

Para 2019, Wild pretende se fixar nos torneios de nível Challenger­s para crescer no ranking, além de deixar uma boa impressão no Rio Open, que será disputado no Jockey Club Brasileiro, no Rio de Janeiro, a partir de 18 de fevereiro. Atualmente, Thiago Wild é o 532º colocado no ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profission­ais).

O grande desafio do paranaense será justamente superar o momento de transição do juvenil para o profission­al, dificuldad­e encontrada pela grande maioria dos jovens tenistas brasileiro­s. Entre os tenistas mais novos do Brasil - Orlando Luz, 20 anos, João Menezes, 21, e Rafael Matos, 22 -, nenhum deles ainda conseguiu destaque no circuito profission­al e todos estão fora do top 350 da ATP.

“Já venho fazendo essa transição com a minha equipe desde que tinha meus 15 anos. É o momento mais difícil, o nível muda e meu foco é o profission­al. A conquista do US Open foi importante, mas não vai servir de nada se eu não tiver uma boa carreira profission­al”, ressaltou.

Depois de alguns dias de férias, Thiago Wild já voltou aos treinos visando o próximo ano e, apesar de ter saído de casa há alguns anos, o tenista não esquece da terra natal. “Amo Marechal, minha mãe mora lá, sempre que posso dou um pulinho. É minha terra, minhas raízes e onde comecei minha carreira com meu pai”, finalizou.

“Marechal é minha terra. Sempre que posso dou um pulinho lá”

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Lev Radin/Shuttersto­ck
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Lev RAdin/Shuttersto­ck.com/09-09-2018 Campeão do torneio juvenil do Aberto dos EUA em setembro, atleta radicado no Rio diz que o título “não será nada sem uma boa carreira profission­al”

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