Folha de Londrina

Vendas de Natal devem atingir meta de 5% de alta

Vendas devem atingir a meta de 5% de cresciment­o, segundo projeção do Sincoval; sensação de otimismo na retomada da economia tem favorecido o consumo

- Aline Machado Parodi Reportagem Local

O último domingo antes do Natal foi de lojas cheias em Londrina. Esperando um movimento ainda maior nesta segunda (24), com expediente das 9h às 17h, o setor aposta que as vendas fiquem 5% acima do registrado no Natal de 2017, conforme previsão do Sincoval. Há uma sensação de otimismo na retomada da economia, que tem favorecido o consumo. Pesquisa da Acil aponta que os presentes devem injetar R$ 119 milhões na economia local

No último domingo (23) antes do Natal, as lojas ficaram lotadas e as ruas do Centro de Londrina estavam cheias de pessoas circulando com sacolas de compras. No entanto, o movimento do dia não atingiu as expectativ­as dos comerciant­es locais. Mesmo assim o setor está otimista com as vendas de Natal e aposta em cresciment­o de 5% em relação ao ano passado. “A nossa expectativ­a era maior. Hoje era os 44 minutos do segundo tempo e frustrou um pouco, mas temos o dia de amanhã . No contexto geral, a última semana teve muito movimento”, disse Ovhanes Gava, presidente do Sincoval (Sindicato do Comércio Varejista de Londrina). Nesta segunda (24) o comércio abre das 9 às 17 horas.

Há uma sensação de otimismo na retomada da economia, que tem favorecido o consumo. “Este ano não está ruim. O mercado está passando por alteração, você o pessoal gastando e as lojas cheias”, comentou o comerciant­e Isaías Rodrigues da Silva, 43, morador de Cambé. Ele aproveitou o domingo para comprar os presentes para os netos. Silva contou que este ano vai gastar com itens mais caros. A cozinheira Maria de Lourdes Francisco, 51, também vai investir em presentes de valor maior, mas só as crianças serão presentead­as. “Estou comprando brinquedos, roupas e calçados, mas só para os filhos, netos, sobrinhos e noras”, afirmou, mas disse que é preciso pesquisar os preços. A cozinheira também está otimista com 2019 e pretende entrar o ano com as contas em dia.

Pesquisa encomendad­a pela Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina) mostrou que os presentes devem injetar R$ 119 milhões na economia local. Segundo o levantamen­to, 56,5% dos londrinens­es entrevista­dos pretendiam gastar com presentes de Natal. O valor médio que cada consumidor deve gastar é de R$ 490.

A sondagem da Fecomércio Paraná mostra ainda que este Natal será o melhor desde 2014 em termos de valores. Os paranaense­s pretendem gastar mais, com um tíquete médio em R$ 312,25 para a compra de todos os presentes. No ano passado o valor foi de R$ 240,00. Em 2016 de R$ 292,50, em 2015 de R$ 256,00, e de R$ 295,00 no Natal de 2014.

A merendeira Clarice Ferrei- ra Lopes, 51, está sendo econômica nos presentes. “Comprei pouco, coisas baratas que é o que o dinheiro dá. Mas queria comprar mais”, disse. Ela também percebe um otimismo maior neste fim de ano. “O povo está mais animado, confiante. Deu uma animada. O que desanima é não pode comprar o que a gente quer”, brincou.

Desemprega­da desde que a filha de quatro anos nasceu, Eliana dos Santos, 40, ainda não decidiu onde fará as compras de Natal. Neste domingo ela estava pesquisand­o os preços nas lojas do Centro. “Vou comprar brinquedos, mas ainda não decidi se compro aqui ou no comércio lá perto de casa”, afirmou.

DÉCIMO TERCEIRO

O coordenado­r do Grupo Nova Sergipe, Angelo Pamplona da Costa, afirmou que o movimento aumentou após a liberação da segunda parcela do 13º salário. “As compras estavam diluídas ao longo do mês, mas com a parcela do 13º o movimento aumentou”, comentou. Ele acredita que o balanço vendas será positivo. “Estamos otimistas, mas é um otimismo moderado.” O Sincoval trabalha com um incremento de 5% nas vendas de Natal em relação ao ano passado e deve encerrar o ano estável.

O subgerente de uma loja de calçados, Gilmar Souza Lopes, afirmou que o fluxo de clientes foi maior a noite. A loja apostou em promoções diferencia­das, prazos e condições de pagamento. “Já estamos com 10% a mais de vendas”, disse.

Os eletrodomé­sticos e celulares devem ter uma boa saída. De acordo com diretor comercial dos Móveis Brasília, Fernando Maurício de Moraes, presidente da Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina), nas lojas da rede a venda de eletrodomé­sticos tem uma projeção de alta é de 12% e em celulares de 19%.

ANTECIPAÇíO

Segundo Moraes, o “Natal não está mais tão forte com as antecipaçõ­es que tem na Black Friday. A Black Friday teve um desempenho muito grande. Tivemos um cresciment­o de 20% nas vendas no comércio físico”, afirmou. “Com a crise o brasileiro está aprendendo a comprar e se organizar”, completou. Ele lembrou, ainda, que muitos consumidor­es também deixam as compras para período de liquidaçõe­s em janeiro.

Pesquisa da Acil mostrou que os presentes devem injetar R$ 119 milhões na economia local

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Fotos: Ricardo Chicarelli Sondagem da Fecomércio Paraná mostra que este Natal será o melhor desde 2014 em termos de valores: tíquete médio de R$ 312,25
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A merendeira Clarice Ferreira Lopes: “Comprei pouco, coisas baratas que éoqueo dinheiro dá”
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A cozinheira Maria de Lourdes Francisco foi às compras com a filha e netos: só as crianças serão presentead­as
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Gilmar Souza Lopes, subgerente de uma loja de calçados: “Já estamos com 10% a mais de vendas”

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