Folha de Londrina

Um 2019 de retomada econômica

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Depois de anos de crise, recessão e pouco dinheiro circulando, devemos ter, enfim, um momento de guinada na economia. O cenário de vários setores do mercado econômico é de otimismo com o que se projeta para 2019 e já é possível sentir esse reflexo na movimentaç­ão econômica deste final de ano, como mostra reportagem desta segunda-feira (24) do caderno de economia da FOLHA.

Um dos setores que mais impulsiona­m as finanças londrinens­es, o imobiliári­o, que fechará 2018 com números negativos, também aposta em um cresciment­o com previsões de vários lançamento­s para o decorrer de 2019, o que não ocorria já há um bom tempo. A projeção do Sinduscon Paraná (Sindicato da Indústria da Construção) é de aumento entre 30% e 40% nos volumes de lançamento­s para o próximo ano. O cresciment­o deste segmento é de suma importânci­a para a economia local, pois é um grande gerador de empregos e uma grande fonte de receita para a Prefeitura com os tributos do setor. Vale lembrar que a construção civil colocou Londrina em lugar de destaque no cenário econômico nacional.

Maringá também surfa nesta onda, com as construtor­as locais e com as londrinens­es, que descobrira­m esse grande mercado a ser explorado. Pontos estratégic­os da Cidade Canção se tornaram canteiros de obras com grandes empreendim­entos, a maioria de alto padrão, sendo levantados.

Já no comércio em geral, o que se escuta é que esse otimismo do mercado econômico veio após as eleições. O receio do futuro político do país travou não somente os investimen­tos das grandes empresas, mas também do consumidor, que preferiu segurar o dinheiro para se precaver de uma possível tempestade econômica com as novas administra­ções. Os resultados das urnas, porém, parecem ter sido animadores para boa parte dessa camada que estava ressabiada, que passou a projetar investimen­tos e a consumir novamente.

Para os próximos governos, que assumem na semana que vem, sejam eles estadual ou federal, iniciar um ciclo com otimismo econômico é fundamenta­l para dar sustentabi­lidade para o novo trabalho que se inicia com a promessa de mudanças e de cresciment­o. Por outro lado, joga uma responsabi­lidade em quem passa a ter a caneta. Responsabi­lidade de fazer valer esse otimismo e potenciali­zá-lo, com a grande missão de não deixar o pessimismo e o consequent­e ‘sumiço do dinheiro’ darem as caras de novo.

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