Folha de Londrina

Ministro manda soltar pai que mandou matar a filha

- Thiago Faria

Brasília - O ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), mandou soltar na quarta-feira (19) o empresário Renato Grembecki Archilla, condenado a 14 anos de prisão por mandar matar a própria filha. O caso, ocorrido em 2001, ficou conhecido como “Crime do Papai Noel”, pois o homem contratado para executar a vítima se fantasiou como o bom velhinho. A mulher conseguiu sobreviver.

A decisão do ministro do STF foi dada no mesmo dia em que também concedeu liminar para soltar condenados em segunda instância que não tiveram seus casos transitado­s em julgado. Esta liminar, porém, foi suspensa pelo presidente do STF, Dias Toffoli, no mesmo dia. A procurador­a-geral da República, Raquel Dodge, recorreu da decisão de soltar Archilla, alegando que a pena foi considerad­a transitada em julgado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo e a ordem de soltura foi dada sob a equivocada percepção de que se trataria de execução provisória.

Archilla foi condenado em 2017 à pena de 10 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão, em regime fechado. Após recurso do Ministério Público, a pena foi aumentada para 14 anos. A prisão, porém, ocorreu apenas em 12 de dezembro, quando o TJ-SP determinou a certificaç­ão do trânsito em julgado. A ordem de soltura ainda não havia sido cumprida neste domingo (23). Para o advogado Santiago Andre Schunck, que defende o empresário, a decisão de Marco Aurélio foi acertada.

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