Folha de Londrina

‘Sinto que atrapalha bastante na concentraç­ão’

- Ana Elisa Frings Estagiária

Aos 18 anos, o estudante de engenharia civil Vitor Trigueiros teve que ser submetido a uma cirurgia no joelho. Ele se excedeu nos exercícios físicos. “No começo deste ano, eu treinava mais pesado no futsal e acabei tendo problema no menisco”, explica o estudante, que treinava durante 1h30 todos os dias no horário do almoço. Os horários apertados começaram a afetar tanto a qualidade dos exercícios como a alimentaçã­o. “Era comum eu ficar sem almoçar depois do treino, só comia alguma fruta porque tinha que voltar para as aulas na universida­de. E tive problemas também porque na correria eu acabava não fazendo os alongament­os como deveria”. Além disso, algumas vezes ele viajava com o time para jogar em outras cidade, durante o fim de semana, o que atrapalhav­a também seus horários de estudo e descanso.

Após um mês com dores, a cirurgia foi marcada para coincidir com o período de férias da faculdade. “E depois decidi nem voltar a treinar da forma como estava fazendo”, afirmou. O curso de Trigueiros é integral, o que exige uma dedicação mais constante nas aulas e trabalhos. Apesar de praticar o futsal desde os 9 anos e desde 2012 treinar com mais afinco e até atuar no time da cidade, ele percebeu que não seria mais possível continuar no mesmo ritmo. “Eu já imaginava que seria bastante puxado conciliar os dois compromiss­os, então quando percebi que precisaria de cirurgia foi o ponto final.” Agora, sua rotina de exercícios inclui o treino na atlética do curso de engenharia, que ocupa apenas dois dias da semana.

REDES SOCIAIS

Uma estudante de 17 anos conta que sua dificuldad­e está em ficar menos tempo no celular. “Fico desde a hora que acordo até quase a hora de dormir. E sinto que me atrapalha bastante na concentraç­ão das minhas tarefas do dia”, observa. Ela reconhece que perde muito tempo apenas passando pelas redes sociais e o efeito está em procrastin­ar suas obrigações, ficando mais dispersa. “Um pouco eu considero normal esse apego da minha geração, eu mesma sempre estive acostumada a lidar com o aparelho, uso celular desde os 13 anos, mas percebo agora que está atrapalhan­do minha organizaçã­o do dia a dia”.

Como solução, a estudante de biologia decidiu desligar o smartphone quando precisa estudar. “Agora que tenho que me dedicar mais nos estudos da faculdade, optei por desligar e assim me dedicar melhor. Já consegui atingir três horas com o aparelho desligado, achei que foi bastante tempo. E foi realmente bom para cumprir o objetivo de me concentrar.” A jovem ressalta que depende de cada um dominar os impulsos para lidar com a situação.

“Já consegui atingir três horas com o aparelho desligado, achei que foi bastante tempo”

Supervisão:

Lucilia Okamura - editora Saúde

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Ricardo Chicarelli Vitor Trigueiros: excesso de exercícios físicos causou lesão

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