Justiça nega revogação de prisão de Rony Alves
O juiz de plantão em primeira instância, Luiz Eduardo Asperti Nardi, negou no domingo (23) o pedido de revogação da prisão preventiva protocolado pela defesa do vereador afastado Rony Alves (PTB). Réu na Operação ZR3, Alves foi preso no sábado (22), segundo o Gaeco (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado), por ameaçar o agricultor Junior Zampar, considerado testemunha-chave do processo.
Segundo o magistrado, “há indícios de materialidade e autoria dos delitos, em tese, praticados da coação no curso do processo, que provocou o pedido de prisão preventiva.” Asperti Nardi também considerou em sua decisão que Alves descumpriu as medidas cautelares impostas de não se aproximar das testemunhas.
O pedido da prisão preventiva foi feito pelo Gaeco à Justiça após Rony ter abordado o agricultor e denunciante do suposto esquema Junior Zampar quando ele saía de uma agência bancária e se deslocava para o estacionamento. A testemunha procurou primeiramente o delegado do Gaeco, Alan Flore, que encaminhou a queixa para o promotor. A abordagem ocorreu no dia 7 de dezembro, mas o pedido de prisão só foi protocolado na sextafeira (22).
A tornozeleira eletrônica estava entre as medidas cautelares impostas pelo juiz da 2ª vara criminal, Délcio Miranda da Rocha, em janeiro quando foi deflagrada a Operação ZR3 que apurou um suposto esquema criminoso para alteração de zoneamento urbano para beneficiar empresários na Câmara Municipal
Além do dispositivo de monitoramento, o vereador foi afastado das função no Legislativo e estava proibido de encontrar os demais réus e as testemunhas, e frequentar os prédios públicos do Executivo e Legislativo. Em fevereiro foi apresentada a denúncia contra 13 pessoas por suposto envolvimento em organização criminosa incrustada na Câmara Municipal de Londrina e todas respondem a processo criminal.
A defesa do vereador afastado Rony Alves informou que não houve qualquer tipo de ameaça por parte dele. De acordo com o advogado Maurício Carneiro, o vereador tem conta no banco onde encontrou o produtor rural, “porém, em momento algum, o ameaçou”.