Folha de Londrina

Justiça nega revogação de prisão de Rony Alves

- Guilherme Marconi Reportagem Local

O juiz de plantão em primeira instância, Luiz Eduardo Asperti Nardi, negou no domingo (23) o pedido de revogação da prisão preventiva protocolad­o pela defesa do vereador afastado Rony Alves (PTB). Réu na Operação ZR3, Alves foi preso no sábado (22), segundo o Gaeco (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado), por ameaçar o agricultor Junior Zampar, considerad­o testemunha-chave do processo.

Segundo o magistrado, “há indícios de materialid­ade e autoria dos delitos, em tese, praticados da coação no curso do processo, que provocou o pedido de prisão preventiva.” Asperti Nardi também considerou em sua decisão que Alves descumpriu as medidas cautelares impostas de não se aproximar das testemunha­s.

O pedido da prisão preventiva foi feito pelo Gaeco à Justiça após Rony ter abordado o agricultor e denunciant­e do suposto esquema Junior Zampar quando ele saía de uma agência bancária e se deslocava para o estacionam­ento. A testemunha procurou primeirame­nte o delegado do Gaeco, Alan Flore, que encaminhou a queixa para o promotor. A abordagem ocorreu no dia 7 de dezembro, mas o pedido de prisão só foi protocolad­o na sextafeira (22).

A tornozelei­ra eletrônica estava entre as medidas cautelares impostas pelo juiz da 2ª vara criminal, Délcio Miranda da Rocha, em janeiro quando foi deflagrada a Operação ZR3 que apurou um suposto esquema criminoso para alteração de zoneamento urbano para beneficiar empresário­s na Câmara Municipal

Além do dispositiv­o de monitorame­nto, o vereador foi afastado das função no Legislativ­o e estava proibido de encontrar os demais réus e as testemunha­s, e frequentar os prédios públicos do Executivo e Legislativ­o. Em fevereiro foi apresentad­a a denúncia contra 13 pessoas por suposto envolvimen­to em organizaçã­o criminosa incrustada na Câmara Municipal de Londrina e todas respondem a processo criminal.

A defesa do vereador afastado Rony Alves informou que não houve qualquer tipo de ameaça por parte dele. De acordo com o advogado Maurício Carneiro, o vereador tem conta no banco onde encontrou o produtor rural, “porém, em momento algum, o ameaçou”.

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