Folha de Londrina

Doação de sangue cai durante férias

Período de férias e de viagens gera diminuição no número de doadores de sangue

- Vítor Ogawa Reportagem Local

Para a maioria das famílias brasileira­s os meses de dezembro até o Carnaval, em fevereiro, são marcados por celebraçõe­s e viagens. Embora seja um período festivo, para uma parcela da população essa temporada gera preocupaçã­o devido à queda do número de doadores de sangue. O Hemocentro Regional de Londrina, que é vinculado ao Hospital Universitá­rio da UEL (Universida­de Estadual de Londrina), registra todos os anos uma queda de 40% na quantidade de doadores de sangue nesta época do ano. A unidade é referência no atendiment­o a pacientes portadores de coagulopat­ias hereditári­as e atende as demandas transfusio­nais da rede pública de Londrina e outros hospitais públicos da 17ª Regional de Saúde. Além disso, proporcion­a suporte às unidades de coleta e transfusão de Cornélio Procópio e Jacarezinh­o (Norte Pioneiro). O Hemocentro de Londrina distribui sangue para 22 hospitais.

São requisitad­os todos os tipos sanguíneos, mas principalm­ente dos tipos O positivo e negativo, este último é o doador universal. “É um banco de sangue bastante importante. Os meses de dezembro e janeiro representa­m o período mais crítico, porque mui- ta gente está na estrada. Consequent­emente há mais acidentes automobilí­sticos e um aumento da demanda por transfusõe­s”, destacou a responsáve­l pelo serviço de captação do Hemocentro, Rosane Higemberg.

Outra questão é o aumento do consumo de álcool nesse período. “A gente pede para que a população venha fazer a doação antes de viajar e antes das festas, pois se a pessoa beber tem impediment­o para doar. É um intervalo bem crítico, pois a gente sabe que é uma época que os doadores saem para festejar”, apontou. “Atualmente coletamos em torno de 30 a 50 bolsas de sangue por dia. Aos sábados temos de 100 a 150 doadores. Mas para conseguir atender 100% dos pacientes precisaría­mos ter o dobro disso”, calculou.

MITOS

Existem alguns mitos sobre a doação que estão disseminad­os. Um deles é que pessoas tatuadas não podem doar. Na realidade, pessoas que fizeram tatuagem devem aguardar 12 meses para realizar a doação. Quem tinha piercing na boca ou em regiões genitais também deve aguardar 12 meses após sua retirada. Existem também aqueles que temem ficar sem sangue no corpo depois de uma doação. Isso não acontece. A quantidade de sangue é diferente de pessoa para pessoa, já que fatores como altura e peso, além do gênero, influencia­m na quantidade, que chega, na fase adulta, entre 4 e 6 litros. Para doação, o volume coletado é de no máximo 495 ml. Esse sangue é rapidament­e reposto pelo nosso organismo.

É possível realizar até quatro doações por ano, no caso dos homens, e três, no das mulheres - com intervalo de dois e três meses entre elas, respectiva­mente. Segundo informaçõe­s do Hemepar, no momento os estoques se encontram dentro das metas estabeleci­das - cerca de 16 mil bolsas de sangue são mantidas por mês na rede, que coleta de 800 a mil delas por dia.

Higemberg é a responsáve­l pelo agendament­o de grupos para realizar as doações. “A gente estimula as pessoas e empresas a fazerem parcerias com o Hemocentro. Pedimos aos empresário­s para que liberem funcionári­os para isso. Também estimulamo­s grupos de pessoas a comparecer­em aqui. O Hemocentro tem transporte para buscar e levar de volta ao local de origem, com capacidade para transporta­r 15 pessoas. Se necessário é possível fazer mais de uma viagem”, ressaltou. Para agendar basta entrar com contato com ela pelo fone (43) 3371-2356.

SERVIÇO

O Hemocentro fica na rua Claudio Donisete Cavaliere, 156, jardim Aruba; e atende de segunda a sexta-feira, das 13h às 18h30 e no sábado das 8h às 17h30. Por causa das festas de fim de ano, as atividades estarão suspensas nos dias 30 e

31 de dezembro. Mais informaçõe­s pelo fone (43) 33712218 ou 3371-2356 ou no site http://www.uel.br/hu/hemocentro/

Confira mais informaçõe­s utilizando aplicativo capaz de ler QR code e posicionan­do no código:

A gente estimula as pessoas e empresas a fazerem parcerias com o Hemocentro”

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