Folha de Londrina

O adeus ao israelense Amós Oz

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São Paulo - O escritor israelense Amós Oz morreu nesta sexta-feira (28) em decorrênci­a de um câncer, aos 79 anos, em Tel-Aviv. A informação foi confirmada por sua filha, Fania Oz-Salzberger, em seu perfil no Twitter.

Nascido em Jerusalém, em 1939, Oz era autor de livros como “Caixa-Preta”, “Judas” e “Como Curar um Fanático”. O autor esteve em São Paulo no ano passado para uma palestra na Casa do Povo e no Fronteiras do Pensamento. Ele, que recebeu diversos prêmios literários, era com frequência apontado como um dos candidatos a ganhar o prêmio Nobel de literatura.

Oz, uma das principais vozes da literatura israelense, foi criado em um kibutz e estudou filosofia e literatura na Universida­de Hebraica de Jerusalém. Publicou cerca de 18 livros em hebraico, entre ficção e não ficção, e centenas de artigos na imprensa ao longo da vida.

Em 1967, lutou na Guerra dos Seis Dias e, em 1973, na Guerra do Yom Kippur. Sua experiênci­a no front ajudou a transformá-lo em uma das principais vozes em defesa do diálogo entre israelense­s e seus vizinhos árabes.

Em nota, o editor Luiz Schwarcz, presidente do Grupo Companhia das Letras, que publica as obras de Oz no Brasil, lamentou a morte do amigo.

“Amós Oz é um homem de generosida­de ímpar. Me recuso a proferir o verbo no passado, pois ele estará comigo por toda a vida”, disse Schwarcz.

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