Folha de Londrina

‘Não deixamos nenhuma pendência’

- Mariana Franco Ramos Reportagem Local

Curitiba - A agora ex-governador­a do Paraná Cida Borghetti (PP) disse nessa terça-feira (1), na cerimônia de posse de Ratinho Junior (PSD), no Palácio Iguaçu, que entrega o comando do Estado com as contas em dia e com dinheiro em caixa. “Não deixamos nenhuma pendência que possa gerar qualquer embaraço ao nosso sucessor. Uma auditoria, por exemplo, poderá confirmar a excelência da nossa gestão, a qualidade das decisões tomadas e a oportunida­de das medidas adotadas”, afirmou.

O discurso foi uma resposta à decisão de Ratinho de revisar todos os contratos assinados nos últimos 30 dias por Cida. O “pente fino” inclui um projeto de dragagem dos portos de Paranaguá e Antonina, na ordem de R$ 400 milhões. Ele também anunciou que pretende exonerar os cargos comissiona­dos. Na saída da solenidade, confirmou à FOLHA que deve realizar uma auditoria na administra­ção.

Em sua fala, a pepista destrincho­u os números que vinha divulgando. “São R$ 5 bilhões e R$ 300 milhões, até o dia 28 de dezembro, assim distribuíd­os: R$ 4 bilhões e R$ 300 milhões nas contas do Banco do Brasil; R$ 320 milhões reservados para precatório­s; R$ 430 milhões no Porto de Paranaguá; R$ 118 milhões no Tecpar; R$ 100 milhões no Detran e R$ 80 milhões na Celepar”.

“Como temos reafirmado com sua equipe de transição, governador Ratinho Júnior, deixaremos R$ 400 milhões de superávit, que são recursos livres para serem investidos da forma como seu governo desejar. Isso é consequênc­ia da responsabi­lidade com que administra­mos o Estado, colocando o equilíbrio das finanças públicas e o interesse da população em primeiro lugar”, prosseguiu.

Ainda segundo a pepista, apesar de 2018 ter sido um ano muito difícil, a “postura arrojada, com decisões rápidas e visão de futuro, permitiu ao Paraná alcançar resultados superlativ­os”. “Não somos uma ilha de prosperida­de num cenário em que predomina a sensação de falência da gestão pública, mas tampouco somos um estado insolvente. Ao contrário, o Paraná é um estado viável”, completou.

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