Educação terá escola em novo prédio e coordenadores pedagógicos
Uniformes e transferência para o mercado Quebec são problemas a serem resolvidos pela secretaria de Londrina
Aeducação municipal em Londrina terá um 2019 com novidades de impacto na vida de estudantes, famílias e servidores. Uma escola começará a funcionar em novo prédio e todas as instituições voltarão a contar com a figura do coordenador pedagógico. Além disso existe a expectativa da entrega de centros municipais de Educação Infantil. Outra projeção é da ordem de serviço para reforma do antigo Mercado Quebec (zona sul), que abrigará a secretaria.
A Escola Municipal Joaquim Pereira Mendes, que até 2018 funcionava nas mesmas instalações do Colégio Estadual Vicente Rijo (região central), deverá começar o ano letivo de 2019 em nova estrutura, na zona oeste. Uma edificação foi levantada no jardim Colina Verde, próximo a UEL (Universidade Estadual de Londrina), como contrapartida de uma construtora. São 12 salas de aula que vão atender 412 alunos do P4 ao 5º ano do ensino fundamental. “Temos uma perspectiva bem importante de construção de escola no Vista Bela (zona norte) e CMEI no jardim Nova Esperança (zona sul). Estamos trabalhando nisso, já que depende da autorização do governo do Estado. Estamos esperando que o novo governo tenha abertura, assim como o ministério que vai abrigar o das Cidades, já que esta pasta será extinta”, elenca a secretária de Educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes.
Outras 982 vagas devem ser geradas no decorrer de 2019 com a entrega de seis CMEIs, que começaram a ser construídos em 2018. Eles estão situados no jardim Santa Cruz, Belleville e residencial Santa Clara (zona norte); jardim Tarumã (zona leste); residencial José Bastos e no distrito de Lerroville (zona sul). As unidades vão receber crianças de zero a cinco anos e o investimento é de R$ 2 milhões em cada, sendo a maior parte do valor vindo do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). O cronograma de conclusão vai de maio a setembro.
PROCURA
O aumento na quantidade de vagas na educação infantil ocorrerá em meio a uma projeção de crescimento na procura pela rede pública de ensino. A secretaria municipal de Educação fechou 2018 atendendo cerca de 43.900 alunos entre berçário e EJA (Educação de Jovens e Adultos). A maior parte ficou concentrada do 1º ao 5º ano. Estes estudantes foram distribuídos nas 120 unidades escolares. Cinquenta e quatro CEIs (Centros de Educação Infantil) têm convênio com a pasta, recebendo a grande maioria dos meninos e meninas do CB ao P4, totalizando 5.987 matrículas das 10.400 desta faixa.
Segundo Moraes, o incremento deverá ser de 10% em alunos na rede, com a maior demanda para os menores. “No quinto ano precisamos ter um professor para cada 25 alunos. Quando são bebês é necessário um professor a cada seis. Por isso a fila de espera é superior entre os de seis meses a três anos de idade”, justifica. “Vamos aumentar em mais de mil vagas de zero ao quinto ano”, acrescenta. Ainda deverá ocorrer neste ano uma ampla reforma na Escola Municipal Bento Munhoz da Rocha Neto, no distrito de Leroville. O valor da licitação é de R$ 600 mil.
MERCADO QUEBEC
Depois de um ano cheio de reclamações de vizinhos e imbróglios, a secretária afirma que a reforma do Mercado Quebec deve finalmente ser iniciada nos pró- ximos meses. O espaço foi desocupado em 2017 com a promessa de receber intervenções para ser a sede da secretaria de Educação. Porém, nenhuma alteração foi feita e a licitação precisou ser relançada após questionamento de uma das empresas participantes.
O preço pela obra é R$ 3 milhões. A pasta paga um aluguel mensal de R$ 29 mil. “Foi uma série de erros que atrasaram o processo. Esperávamos que isso fosse muito mais rápido, com a confecção do projeto e encaminhamento da licitação. Entretanto todas as ‘pedras’ surgiram: precisamos mudar o projeto porque a Diretoria de Patrimônio Histórico se manifestou, Bombeiros. Esperamos dar a ordem de serviço em 2019 para nos mudarmos em 2020”, reconhece.
COORDENADOR PEDAGÓGICO
O coordenador pedagógico voltará a fazer parte do quadro de funcionários da Educação. A Câmara de Vereadores aprovou em dezembro a criação desta função. O último concurso público que contemplava o cargo de supervisor educacional, função similar, foi realizado em 1994. Dos docentes aprovados por este certame apenas quatro continuam em exercício. “As escolas de Londrina tinham este profissional no passado, quando eram 11 unidades. Atualmente são 120. As unidades contavam com uma pessoa que exercia esta função de maneira indireta”, justifica.
Decreto prevê que até março todas as escolas e CMEIs tenham seus coordenadores pedagógicos assumindo oficialmente, recebendo gratificação. A jornada de trabalho será de 40 horas semanais, com acréscimo de R$ 958 no salário. O professor será escolhido dentro da própria instituição e vai atender uma série de critérios, como formação e tempo de trabalho. “O diretor faz a gestão da escola e precisa de alguém que faça a gestão de aprendizagem. O coordenador é algo elementar”, defende. Os CEIs já dispõe deste profissional.
“Esperávamos que fosse muito mais rápido, mas todas as ‘pedras’ surgiram”