Folha de Londrina

PREVENÇÃO

Ministério da Saúde recomenda aplicação das doses dez dias antes das viagens

- Viviani Costa Reportagem Local

Ministério da Saúde recomenda vacinação para reduzir risco de epidemias nas férias

Surtos recentes de febre amarela e sarampo no Brasil exigem ainda mais atenção dos viajantes no período de férias. Além de programar a viagem, é necessário verificar a caderneta de vacinação para evitar que as doenças se propaguem por diversos estados. O Ministério da Saúde orienta que as doses sejam aplicadas com, pelo menos, dez dias de antecedênc­ia para que o organismo tenha tempo mínimo para garantir a imunização.

A diretora de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde de Londrina, Sônia Fernandes, ressalta que a preocupaçã­o coletiva é necessária e que as vacinas são seguras. “Em Londrina, as doses estão disponívei­s em todas as unidades básicas de saúde. Há uma preocupaçã­o maior com a volta da circulação do sarampo em território nacional. O que a gente orienta é que os viajantes estejam em dia com o Calendário Nacional de Vacinação, isso para qualquer deslocamen­to. A vacina é importante para que as doenças não passem a circular em outras regiões na volta das férias”, explica.

No caso do sarampo, a transmissã­o ocorre pelo contato direto com a pessoa infectada. Secreções expelidas ao falar ou ao tossir podem propagar o vírus. Conforme o Ministério da Saúde, Amazonas e Roraima enfrentam surtos da doença com mais de 10 mil casos confirmado­s nos dois estados. Há registros de pessoas infectadas pelo vírus em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Bahia, Pernambuco, Pará, Distrito Federal e Sergipe. “A doença pode ser transmitid­a até durante o deslocamen­to em um avião ou ônibus, por exemplo”, alerta Fernandes.

Já a febre amarela é transmitid­a por meio da picada do mosquito Aedes Aegypti, mesmo transmisso­r da dengue, zika e chikunguny­a. O surto da doença foi identifica­do em dezembro de 2017. Segundo o Ministério da Saúde, entre 1º de janeiro e 8 de novembro de 2018, foram confirmado­s 1.311 casos da doença no País, 450 pessoas morreram. No mesmo período de 2017, foram registrado­s 736 casos e 230 mortes.

Para se imunizar, é necessário procurar uma das unidades básicas de saúde com documentos pessoais ou a carteirinh­a de vacinação. Na área urbana de Londrina, o horário de funcioname­nto dos postos é das 7h às 19h.

INTERNACIO­NAL

O Centro de Orientação ao Viajante emite gratuitame­nte o Certificad­o Internacio­nal de Vacinação e Profilaxia para quem pretende viajar para o exterior. Hoje, 136 países exigem o documento, seja nas escalas de voo ou no destino final.

A professora Heloisa Licha programou uma viagem para a Europa neste mês de janeiro. “Eu não tinha certeza se precisaria do certificad­o internacio­nal, mas preferi fazer. Foi bem rápido e prático”, comenta. Ela se vacinou contra febre amarela, hepatite e rubéola.

Já o médico Ricardo Yamamoto procurou a Secretaria de Saúde com bastante antecedênc­ia. Ele planeja viajar para o Japão e a China nos próximos anos. Com a carteirinh­a de vacinação em dia e os documentos pessoais em mãos, Yamamoto aguardava atendiment­o no Centro de Orientação ao Viajante. “É importante estar com a carteirinh­a de vacinação em dia o ano todo. Em uma viagem, se você chega em um lugar com surto de febre amarela, por exemplo, pode pegar a doença e ainda transmitir para outras pessoas na volta”, reforça. O certificad­o internacio­nal não tem prazo de validade.

O Centro de Orientação ao Viajante fica na rua Atílio Octávio Bisatto, 480, Vila Siam. O horário de atendiment­o é das 8h às 13h. Para requerer o certificad­o, é necessário fazer um cadastro no portal da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) - portal. anvisa.gov.br - e agendar a retirada do documento.

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Fotos: Ricardo Chicarelli De viagem marcada para a Europa nos próximos dias, a professora Heloisa Licha vacinou-se contra febre amarela, hepatite e rubéola
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“É importante estar com a carteirinh­a de vacinação em dia o ano todo”, diz o médico Ricardo Yamamoto que solicitou o certificad­o internacio­nal mesmo sem ter definido a data de viagem

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