Folha de Londrina

Reforma administra­tiva e PPPs devem ficar para fevereiro

Novo governo pretendia articular com Assembleia convocação extra em janeiro, para votar medidas, mas optou por prorrogar o prazo

- Mariana Franco Ramos Reportagem Local

Curitiba - Antes com pressa para aprovar medidas de reestrutur­ação da nova administra­ção, o governo Ratinho Junior (PSD) decidiu esperar o prazo regulament­ar. Segundo o líder da situação na AL (Assembleia Legislativ­a) do Paraná, Hussein Bakri (PSD), a ideia é fechar os projetos em janeiro, com calma, e enviá-los para análise dos 54 deputados estaduais em 1° de fevereiro, quando os eleitos assumem seus mandatos e retomam os trabalhos em plenário.

Dentre as mensagens a serem avaliadas estão a das PPPs (parcerias público-privadas), que passou em segundo turno em dezembro, ou seja, tem sua tramitação encaminhad­a, e as que extinguem e fundem secretaria­s. Ratinho diminuiu de 28 para 15 o número de pastas. A oficializa­ção, contudo, depende do aval do Legislativ­o. Ele não deve ter problemas, uma vez que manterá maioria no Parlamento.

“Está decidido. O governo quer construir o projeto de reforma com mais tranquilid­ade. Vai fazer agora com a nova Assembleia, logo na primeira semana. Nós entendemos que existe um clima bom no sentido de construir. A reforma prevê a diminuição do tamanho da máquina. É uma matéria importante para todos e devemos ter apoio de todos. A visão do governo é essa. Uma semana não vai fazer diferença no planejamen­to”, afirmou Bakri.

UNIVERSIDA­DES

Tercílio Turini (PPS) também quer conversar com o presidente da Casa, Ademar Traiano (PSDB), para pedir a inclusão na pauta da análise do veto da ex-governador­a Cida Borghetti (PP) à postergaçã­o da aplicação da lei nº 16.372/2009. Esta regra, em vigor, acaba com os cargos técnicos de administra­ção hoje existentes nos serviços oferecidos pelas universida­des estaduais do Paraná.

Conforme informaçõe­s da Apiesp (Associação Paranaense das Instituiçõ­es de Ensino Superior Público), divulgadas pela FOLHA no mês passado, 467 cargos podem ser suprimidos em cinco universida­des: UEL, UEM, UEPG, Unioeste, Unicentro. A preocupaçã­o é que serviços como a Clínica Odontológi­ca e o Hospital Veterinári­o sejam comprometi­dos. Duas outras instituiçõ­es, a Uenp e a Unespar, já estão de acordo com as exigências da norma.

Bakri disse que, como essa quinta-feira foi o segundo dia de trabalho do novo Executivo, ainda não teve tempo de se inteirar sobre a questão. “Eles me apresentar­am o que era mais urgente. Evidenteme­nte há um prazo maior nesse projeto. Mas me comprometo a coletar informaçõe­s e decidirmos o que fazer”. O deputado também se mostrou “muito animado” com a base de Ratinho, que pode ultrapassa­r 40 integrante­s.

O líder contou que pediu aos secretário­s um esforço para que as mensagens sejam enviadas com antecedênc­ia aos parlamenta­res. Uma das dificuldad­es apontadas na AL é o “atropelo” para votar matérias vindas do Executivo, muitas com pedido de regime de urgência. “Queremos adotar um modelo que dê acesso aos deputados com mais tempo aos projetos, para que possam analisar, discutir e, quem sabe, dar sugestões”, comentou.

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Pedro de Oliveira/Alep O líder de Ratinho Jr. na AL, Hussein Bakri, afirma que será avaliada discussão em torno dos cargos técnicos nas universida­des estaduais
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