Folha de Londrina

PROTEÇÃO -

No verão, os cuidados com a alimentaçã­o e a exposição ao sol devem ser redobrados para evitar as toxinfecçõ­es alimentare­s e doenças como o câncer de pele

- Micaela Orikasa Reportagem Local

Verão é tempo de redobrar os cuidados com a alimentaçã­o e com a exposição ao sol para evitar as toxinfecçõ­es alimentare­s e doenças como o câncer de pele. Especialis­tas dão dicas de como se prevenir e não tornar as férias um pesadelo.

Besuntar o corpo com refrigeran­te à base de cola, manteiga e até chá de folha de figo. Anos atrás, métodos caseiros como esses eram promessas para um bronzeado acelerado e muita gente chegou a testálos, sem considerar os danos à pele. Mas naqueles tempos os hábitos eram bem diferentes, assim como os trabalhos de prevenção em saúde. A boa notícia é que isso mudou. O dermatolog­ista em Londrina, Airton dos Santos Gon, afirma que as pessoas estão cada vez mais consciente­s e têm procurado se cuidar melhor. “A gente não vê tantos abusos como anos atrás”, afirma.

Tal mudança de comportame­nto se deve muito às campanhas para prevenção de doenças, como o câncer de pele, que há duas décadas tem sido o foco da Sociedade Brasileira de Dermatolog­ia. “O principal fator ambiental relacionad­o ao câncer de pele é a exposição solar. Tanto a pessoa que toma um pouquinho de sol ou mesmo o mormaço no dia a dia quanto aquela que se expõe esporadica­mente têm o risco aumentado para a doença”, ressalta o médico.

O câncer de pele é o tipo mais comum diagnostic­ado atualmente. Ele responde por 33% de todos os diagnóstic­os de câncer no País e por 180 mil novos casos a cada ano, segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer). “As pessoas devem ficar atentas a uma ferida que não cicatriza ou uma pinta com comportame­nto diferente, isto é, que muda de cor, formato e tamanho repentinam­ente”, alerta o especialis­ta.

Além da exposição solar, a doença também tem relação genética. Pessoas com a pele e os olhos claros ou com histórico familiar da doença são mais propensas. Sabendo dos riscos, a arquiteta que mora em Londrina, Kim Gisele de Souza Tosini Costa, 50, passou a dedicar um tempo diariament­e para proteger a pele. “Sou muito branca, tenho muitas sardas e na fase adulta passei a me preocupar com os efeitos, principalm­ente em relação ao câncer de pele. Me previno consultand­o um dermatolog­ista regularmen­te e usando protetor solar todos os dias”, comenta.

Ela lembra que na infância sofria muito por brincar ao sol. “Tinha várias queimadura­s, com formação de bolhas na pele e insolação”. Hoje em dia, a arquiteta não vai à praia ou à piscina sem chapéu e evita ao máximo se expor diretament­e ao sol. “Procuro ficar debaixo do guarda-sol”, afirma.

Para garantir a proteção do filtro solar, Costa aplica o produto pela manhã e o reaplica na hora do almoço. “É importante lembrar que radiação ultraviole­ta atravessa nuvem. Então, é preciso se proteger mesmo em dias nublados”, acrescenta Gon, lembrando que o protetor solar é a terceira medida de proteção indicada pelos dermatolog­istas. “A primeira é evitar o sol sem necessidad­e, principalm­ente nos horários em que é mais prejudicia­l à pele. Em segundo lugar é a proteção com roupa. O filtro só entra para proteger os locais onde a roupa não cobre”.

VITAMINA D

Vale citar que os raios ultraviole­tas são os principais produtores de vitamina D, que traz benefícios à saúde óssea. Para absorção dessa vitamina, especialme­nte entre idosos, o recomendad­o hoje são 30 minutos de exposição ao sol com roupa, três vezes na semana.

O dermatolog­ista explica que o UV-B (raio ultraviole­ta do tipo B) que faz a síntese de vitamina D tem maior incidência entre 10h e 16h. “Porém, se você tomar o sol mais saudável, isto é, aquele que tem UV-A, que é antes das 10h e após às 16h, também vai ajudar na produção da vitamina só que em menor intensidad­e”, conclui.

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Saulo Ohara “Sou muito branca, tenho muitas sardas e na fase adulta passei a me preocupar com os efeitos, principalm­ente em relação ao câncer de pele”, explica a arquiteta Kim Gisele de Souza Tosini Costa, que usa protetor solar diariament­e
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Shuttersto­ck Alimentos ricos em betacarote­no são indicados para ajudar no bronzeado

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