Folha de Londrina

ABRAHAM SHAPIRO

- Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes em Londrina

Nossa missão é semear bondade e trabalho para que colhamos frutos de riqueza e justiça

Estamos no início de um novo ano e de um novo governo nacional.

O Brasil sempre foi - e sempre será - um país de altos e baixos. Quando em tempos altos, mal nos lembramos dos baixos. Porém, quando as coisas não vão bem, é claro que há dificuldad­es e ouvem-se ais que externam os sentimento­s mais sofridos e frustrados de muitos.

Eu abro o jornal e leio notícias de corrupção, índice crescente de criminalid­ade, juízes injustos, inflação, juros elevados etc. No rádio, na tevê e na Internet, tudo igual. É claro que uma opção plausível seria não acessar nada disso. Mas se eu preciso conectar-me ao mundo, o efeito desta conexão jamais poderia ser uma opinião depreciati­va e ácida que só influencia psicologic­amente mal as pessoas e prolifera sentimento­s negativos à minha volta.

“Pagamos tantos impostos e não há retorno em benefícios”, é comentário recorrente. “No Canadá a saúde é fantástica”. “Na Noruega a segurança é excelente”. “O Japão não para de gerar empregos”. Muito bem. Por que, então, não mudar-se para lá? As portas estão abertas. Quero dizer que enquanto estivermos aqui, queixar-se é o que só atrapalha.

Lembro-me curiosamen­te de brasileiro­s que juntaram milhões em tempos recentes de vacas gordas. Enquanto suas contas cresciam exponencia­lmente, eles também criticavam tudo e todos. Entretanto, muitos deles nada fizeram, por exemplo, pelo bem-estar de gente necessitad­a, ou de hospitais, escolas ou de entidades filantrópi­cas. Simplesmen­te mantiveram sua postura daninha da crítica pela crítica, mostrando sintonia podre com uma parcela da sociedade que é visivelmen­te desprovida de princípios sólidos de altruísmo.

“A culpa é toda do governo”, talvez digam. Será? De uma vez por todas é hora de reconhecer que o Brasil é um país como poucos no mundo e que vale, antes de tudo, pela boa natureza de seu povo. Os Estados Unidos são, sim, um país de gente disposta ao voluntaria­do, à caridade e à cooperação. Mas você não encontra e nem sente lá o calor humano da gente daqui.

Por tudo isso, eu proponho um pacto. A minha proposta consiste em romper com as críticas viciadas, apreciar as qualidades que aqui existem e sair fora da multiplica­ção de maledicênc­ias sobre tudo e todos. Por quê? Em prol da apreciação do que há de bom aqui. Vamos trabalhar, trabalhar duro pelo nosso benefício e dos que estão próximos a fim de edificarmo­s uma sociedade consciente - a começar por nós.

Problemas e falhas do governo são responsabi­lidades dele. Deixemos que os resolva. E quando estiver cego, temos o dever de nos unirmos para exigir que enxergue e aja a respeito - ou cai.

Trabalhar duro, com foco, bom coração e objetivo reto é o que me proporcion­a a certeza de que conquistar­emos e construire­mos uma nação única e próspera, digna do Brasil que desponta após tantos anos de desvios, ideologia mentirosa e assaltos.

Somos um povo de bênçãos, não de maldições. A nossa missão é plantar sementes da bondade e trabalho para que colhamos frutos de riqueza e justiça.

Que Deus nos abençoe!

A nossa missão é plantar sementes da bondade e trabalho para que colhamos frutos de riqueza e justiça”

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