Modernização dos aeroportos é vantagem competitiva para o Estado
Oanúncio do presidente Jair Bolsonaro de que pretende privatizar 12 aeroportos, quatro terminais portuários e ferrovias, dá um sinal de que o setor de infraestrutura (um dos mais problemáticos do País) poderá receber rapidamente a atenção de que precisa. Na lista dos terminais aéreos estão Recife (PE), Maceió (AL), Aracaju (SE), Juazeiro do Norte (CE), João Pessoa e Campina Grande (PB), no Nordeste. Na região Sudeste, Vitória (ES) e Macaé (RJ). Enquanto no Centro-Oeste, Cuiabá, Sinop, Rondonópolis e Alta Floresta, todos no Mato Grosso.
Embora não estejam incluídos nos planos de Bolsonaro para 2019, o governador do Paraná, Ratinho Júnior, apresentou uma sugestão ao ministro da Economia, Paulo Guedes, para agilizar a privatização dos aeroportos de Londrina e Foz do Iguaçu. A proposta dele é que o Estado assuma o controle dos dois terminais, hoje administrados pela Infraero, para na sequência abrir o processo de concessão.
A ideia do governo do Paraná assumir as rédeas de privatização dos terminais de Foz e Londrina vem concordar com a aprovação, em caráter de urgência, em dezembro do ano passado, do projeto de lei que faz alterações na legislação estadual sobre Parcerias Público-Privadas (PPPs). Ele foi apresentado pela então governadora Cida Borguetti a pedido da equipe de transição de Ratinho e representa um avanço importante.
Os detalhes do modelo de privatização dos aeroportos paranaenses ainda não foram definidos, mas a FOLHA vê como positiva a proposta do Estado em buscar uma solução para a modernização do terminal de Londrina, que sofreu uma ótima reforma recentemente, mas que hoje, aos 62 anos, sofre ainda com gargalos importantes, como a falta de sistema de pouso por instrumentos.
Quanto ao aeroporto de Foz do Iguaçu, a necessidade de modernização é urgente e inquestionável. Como lembrou Ratinho Júnior, o segundo destino turístico de estrangeiros do País não tem uma pista que desça aviões internacionais.
Mais pessoas estão usando o transporte aéreo e com a tão esperada retomada da economia, o número de usuários deve crescer. A qualidade dos aeroportos é uma vantagem competitiva para o Estado e municípios que desejam crescer e atrair investimentos.