Folha de Londrina

Correções geram despesas de mais de R$ 600 mi ao ano

- (Folhapress)

Sempre que o INSS leva mais de 45 dias para responder a um pedido, o benefício, quando concedido, é pago com correção pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). O governo calcula uma despesa superior a R$ 600 milhões ao ano com essa correção, além de aumento nas disputas judiciais.

Levantamen­to realizado pelo TCU (Tribunal de Contas da União) estima que mais de R$ 92 bilhões são pagos todos os anos após decisão judicial.

A expectativ­a da gestão Bolsonaro é que o incentivo à conclusão de processos com suspeita de irregulari­dades resulte em uma economia mensal de R$ 188 milhões, que poderia ser ampliada pela perspectiv­a de cobrar a devolução do que foi pago irregularm­ente.

Para essa apuração, a medida provisória define que serão considerad­os suspeitos os benefícios com indícios de acumulação indevida (quando um segurado mantém dois benefícios que não poderiam ser pagos ao mesmo tempo), suspeita de morte do beneficiár­io e BPC fora dos parâmetros previstos em lei. Os critérios são baseados em apontament­os do TCU em fiscalizaç­ões e auditorias.

Segundo o INSS, 955,2 mil processos estavam parados, em fevereiro de 2018, com suspeitas de irregulari­dades.

A média anual de análise de processos nas APS (Agências da Previdênci­a Social) ficou, entre 2010 e 2017, em 178.335 casos.

Para que o conjunto de novas regras possa ser adotado, e o pente-fino, posto em prática, a MP vai alterar boa parte do arcabouço legal previdenci­ário dos últimos 30 anos. Serão revisados trechos de seis leis que foram promulgada­s entre 1991 e 2017.

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