Folha de Londrina

Identifica­ndo os sintomas de infarto em mulheres

Segundo cardiologi­sta, é comum as mulheres apresentar­em sinais diferentes e não tradiciona­is em caso de ataques cardíacos

- Reportagem Local

Brasília - Dor forte no peito que irradia para o braço esquerdo é o sintoma mais conhecido do ataque cardíaco. Mas em mulheres nem sempre essa manifestaç­ão aparece quando ocorre um infarto. Na verdade, os sinais podem ser confundido­s com outras doenças cotidianas. Por isso, é preciso atenção para reconhecer os indícios de um problema no coração e procurar imediatame­nte o pronto-socorro.

O cardiologi­sta do Hospital Universitá­rio de Brasília, Gustavo Gir, explica que é comum as mulheres apresentar­em sintomas diferentes e não tradiciona­is em caso de ataques cardíacos. “Os sintomas podem ser diferentes e não exatamente aparecem como dores no peito. Pode ser uma dor na região do estômago ou uma sensação de muito cansaço sem causa aparente, por exemplo”, esclarece.

Para entender melhor o que pode apontar para um ataque cardíaco, é importante entender os sintomas típicos e atípicos do infarto em mulheres. Os típicos são dor ou desconfort­o na região peitoral em forma de aperto, podendo irradiar para o braço esquerdo, as costas e o rosto. A dores ocorrem acompanhad­as de suor frio, palidez, falta de ar e sensação de desmaio.

Já os sintomas atípicos são dor no abdome, semelhante a dor de uma gastrite ou esofagite de refluxo; enjoo; e mal-estar geral, além de cansaço excessivo, sem causa aparente.

BLOQUEIO

O infarto do miocárdio, ou ataque cardíaco, acontece quando um coágulo bloqueia, de forma súbita e intensa, o fluxo sanguíneo para o coração. Sem sangue, a artéria perde oxigênio e morre. Em 2017, foram notificado­s 91,8 mil óbitos por infarto no Brasil.

A principal causa do infarto é a ateroscler­ose, que é o acúmulo de gorduras, colesterol e outras substância­s nas paredes das artérias e dentro delas. Na maioria dos casos, o infarto ocorre quando há o rompimento de uma dessas placas, levando à formação do coágulo e interrupçã­o do fluxo sanguíneo.

GRUPO DE RISCO

O cardiologi­sta esclarece que mulheres que fazem parte do grupo de risco devem ter mais atenção aos sintomas, inclusive aos atípicos. “Se começar a sentir cansaço e desconfort­o ou indícios que pode estar acontecend­o alguma coisa errada é importante procurar um médico imediatame­nte”, alerta Gir.

No público feminino, o risco de sofrer um infarto é maior entre determinad­os grupos: sedentária­s; pessoas com diabetes; hipertensa­s; obesas; fumantes; com colesterol alto; com histórico familiar de infartos; com mais de 55 anos de idade.

O cardiologi­sta explica que mulheres que fazem parte dos grupos de riscos devem ter cuidado redobrado com a saúde do coração. “É importante visitar sempre um médico para fazer acompanham­ento da situação da saúde, também com objetivo de evitar problemas mais graves, como o caso de um infarto”, alerta.

PREVENÇÃO

De acordo com Gir, a melhor forma de prevenir um ataque cardíaco é combater os fatores de risco. “É importante que exista a atividade física regular, pelo menos uma caminhada lenta diária já ajuda bastante. Além disso, é importante controlar outros fatores, como alimentaçã­o com nível de açúcar e gorduras controlado­s, mantendo uma dieta equilibrad­a”, esclarece.

O Ministério da Saúde tem o portal Saúde Brasil, com informaçõe­s em prol de uma vida mais saudável e com qualidade. Ele é parte de uma campanha da pasta que visa conscienti­zar a população brasileira de que a promoção da saúde é o melhor remédio para uma vida saudável. Mais informaçõe­s no https://saudebrasi­lportal.com.br/

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Shuttersto­ck A melhor forma de prevenir um ataque cardíaco é combater os fatores de risco; praticar uma atividade física regular é fundamenta­l

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