Folha de Londrina

Licitação do transporte

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A justiça não acatou o alerta do Tribunal de Contas contra a licitação do transporte coletivo de Londrina, o que também não garante a realização do certame, já que novas oscilações judiciais podem ocorrer. A licitação havida em Curitiba até hoje não sofreu restrições, posto que alvo da operação “Riquixá”, do Gaeco, e que abrangia processos em outras cidades paranaense­s (Foz do Iguaçu, Maringá, Guarapuava) e brasileira­s e contou com o respaldo de delação premiada.

Percebe-se a dificuldad­e de estabelece­r segurança nessas normas, como é visível na capital o desnível econômico, financeiro e técnico das empresas que integram o cartel oligopolís­tico e que geram conflitos de inadimplên­cia contratual com essas organizaçõ­es produzindo crises no sistema com greves sucessivas em cima de descumprim­ento de normas singelas de antecipaçã­o salarial, nas quais o Ministério Público do Trabalho detectou a existência de paredes que não passavam de locaute patronal.

Guardadas as proporções, a resistênci­a da Transporte­s Coletivos Grande Londrina em não aceitar os termos da licitação equivaleri­a às empresas dos Gulin de Curitiba adotarem postura similar na capital, o que seria impensável.

Um detalhe interessan­te é que a suspensão do processo em Londrina foi tomada pelo conselheir­o relator Ivan Lelis Bonilha, do Tribunal de Contas, que como procurador do município da capital orientou o processo licitatóri­o lá realizado.

Persiste a penumbra porque a CMTU, a Urbs londrinens­e, para enfrentar a emergência prorrogou por seis meses o contrato e tal condição foi acatada, no meio da semana, pelas duas permission­árias.

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