Londrinense aperta o cinto nas compras
A cesta básica foi mesmo o que mais impactou no orçamento da técnica em enfermagem Ana Carolina da Silva de Oliveira. “Foi alimentação e saúde. Tive de deixar muita coisa de lado para suprir a necessidade da família, como sapatos, roupas e passeios.”
A comerciante Aparecida Miranda também culpa o custo nos supermercados pela mudança de comportamento. “Tudo o que compro hoje é muito controlado, comida, roupa e viagem. An- tes, em qualquer fim de semana de três dias eu pensava em pegar o carro e ir para a praia, mas não dá mais.”
No comércio de vestuário de Londrina, os lojistas confirmam o ano difícil. “Na verdade, até diminuímos os preços porque tivemos uma procura menor. Nosso resultado foi uns 15% inferior ao de 2017”, diz o gerente Antonio Verza Filho, de uma loja de vestuário popular no Calçadão.
Para conseguir manter o quadro de funcionários, Verza Filho conta que cortou custos, trocou fornecedores e buscou negociar à vista para tentar descontos. “Também trocamos toda a iluminação da loja por led e a conta de energia caiu em uns 30%.”
O vendedor Jean Carlos Gomes diz que a estratégia, na loja de artigos e moda skate, foi ampliar o leque de opções. “Fizemos muitas promoções em 2018 e pegamos produtos mais baratos, com marcas ‘bate-caixa’. Mantivemos o que tínhamos e demos a chance do cliente escolher se queria algo mais barato.” (F.G.)
Fizemos muitas promoções em 2018 e pegamos produtos mais baratos”