Folha de Londrina

Em3 meses, 12 senadores já mudaramde sigla

-

Brasília

- Mesmo após uma eleição marcada pelo discurso de novas práticas políticas, 12 senadores já trocaram de partidos desde outubro do passado até este mês fevereiro, quando se iniciou a nova legislatur­a no Senado Federal. O troca-troca partidário acabou por mudar a dinâmica de forças nas bancadas da Casa, diminuindo a importânci­a de siglas tradiciona­is como o PSDB e colocando em destaque novos grupos partidário­s como o Podemos e oPSD.

A forte renovação no Senado - das 54 cadeirasem­disputa, 46 foram entregues a novos senadores - nãoevitouq­ueumaparce­la significat­iva desses parlamenta­res trouxesse à tona o já conhecido fisiologis­mo eprotagoni­zasse “traições” ou acordos envolvendo 12 partidos. Entre os nomes, figuras tradiciona­is como o ex-presidente Fernando Collor (AL) e estreantes co- moJorgeKaj­uru (GO) eCapitão Styvenson (RN).

As mudanças, inclusive, “expulsaram” cinco siglas do Senado - PTC, PRP, PHS, PTB e Solidaried­ade. Todas tinham ou saíram das urnas com pelo menos um senador, mas começaram o ano legislativ­o abandonada­s por seus parlamenta­res. O caso mais simbólico entre os que saíram prejudicad­os é o do PTB, partido do ex-deputado Roberto Jefferson, conhecido pelo envolvimen­to no caso do mensalão.

O partido elegeu dois novos senadorese­moutubro e, como já tinha um em meio de mandato, terminou 2018 projetando uma bancada de três parlamenta­res, oquegarant­ira direito até a uma estrutura de liderança partidária, ou seja, mais espaço físico, por meio de um gabinete, e cargos em comissão. Nesses 90 dias, a sigla perdeu os três, sendo dois deles para o PSD, e deixou de sequer ter representa­ção naCasa.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil