Caminhões com ajuda humanitária chegam à front eirada Venezuela
A forma de entrega ainda não foi definida, pois Nicolás Maduro rejeitou a doação alegando que poderia mascarar uma invasão norte-americana ao país
São Paulo - Os primeiros caminhões com ajuda humanitária para a Venezuela chegaram a Cúcuta, na Colômbia, nesta quinta ( 7). A cidade fica próxima à fronteira venezuelana.
Cerca de dez veículos chegaram por volta das 14h30 locais ( 17h30 em Brasília), em um centro de apoio criado ao lado da ponte Tienditas, no lado colombiano. Os veículos foram escoltados por policiais, e os funcionários aguardavam instruções do que fazer em seguida.
Enviado pelos Estados Unidos, o carregamento inclui alimentos, remédios, insumos médicos e outros suprimentos para ajudar os venezuelanos, que sofrem com uma crise de de- sabastecimento.
A Venezuela vive uma grave crise econômica, com hiperinflação, desnutrição de parte da população por falta de alimentos e colapso do sistema de saúde, que causou emigração em massa - mais de 2,3 milhões deixaram o país desde 2015, segundo a ONU.
Ainda não está definido como será feita a entrega. O governo do ditador Nicolás Maduro rejeitou a oferta de apoio, sob argumento de que a doação seria um artifício para mascarar uma invasão norte-americana ao país.
A ponte Tienditas, que liga Cúcuta a Ureña, naVenezuela, foi bloqueada por militares venezuelanos com arame e contêineres na terça ( 5). A oposição aponta que a barreira é uma forma de o governoMaduro impedir que o carregamento entre no país.
Manter ajuda humanitária em pontos de fronteira por semanas ou meses enquanto funcionários negociam com regimes como ocorrerá a entrada dos mantimentos é comum, segundo especialistas ouvidos pela Reuters.
Os moradores da região temem que possa haver um conflito militar na área de fronteira. Um toque de recolher informal foi adotado na área, e várias famílias avaliam fugir para lugares mais seguros.
A ajuda humanitária veio após apelos de Juan Guaidó, líder da Assembleia Nacional que se declarou presidente encarregado da Venezuela em janeiro, e foi reconhecido por diversos países, incluindo Brasil, Estados Unidos, Colômbia e vários membros da União Europeia.
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