Folha de Londrina

Gigantes entram em nova fase de olho em avanços tecnológic­os

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A aquisição da Monsanto pela Bayer fez com que a gigante alemã precisasse vender parte do setor de biotecnolo­gia para uma das principais concorrent­es, a Basf, e ambas entraram em 2019 com um discurso de oferecer ao produtor um portfólio completo, que inclui defensivos químicos e serviços. Com isso, ganha importânci­a o discurso de que a agricultur­a precisa chegar ao nível 4.0, com uso de inteligênc­ia artificial, internet das coisas e toda a gama de conceitos que norteiam os avanços em TIC (tecnologia da informação e comunicaçã­o).

As duas empresas do setor químico apresentar­am no Show Rural, pela primeira vez, sementes. A Basf adquiriu um negócio, essa é a principal notícia”, diz o gerente de marketing da multinacio­nal, Eduardo Gobbo. Ele considera que será possível trabalhar melhor os produtos como uma empresa de agricultur­a, e não apenas de defensivos. “Esperamos por este momento por muito tempo porque o valor desse negócio de sementes vai permitir que tenhamos sinergia de olhar genética e controle, para poder levar ao agricultor e garantir cada vez mais produtivid­ade e rentabilid­ade. Consigo buscar ganhos no desenvolvi­mento de variedades mais resistente­s, de alta produtivid­ade, e colocar todo o nosso conhecimen­to de produtos químicos nesse manejo”, diz.

Da mesma forma, o diretor de operações da Bayer, Márcio Santos, enxerga na união de forças entre Monsanto e Bayer a abertura de várias possibilid­ades. Assim, considera que todo o debate passa a ser em torno de inovação, sustentabi­lidade e transforma­ção digital. “É aumentar a produção de alimentos não usando mais área, mas com mais produtivid­ade”, diz, ao citar que até mesmo em um mesmo talhão há variação de 30% na colheita.

A Bayer também fez o prélançame­nto do Intacta 2 Xtend, ainda em processo de desregulam­entação internacio­nal antes do início da venda. Mas foi o debate sobre tecnologia que permeou o discurso no estande da empresa. “A riqueza da agricultur­a digital está na coleta e processame­nto do dado. Nem mesmo lembramos como mandamos dados para o Waze e o que importa é que ele determina se viramos à direita ou à esquerda. O papel da agricultur­a digital é fazer isso com o agricultor, determinar a variedade, nessa condição, nessa adubação, nessa data de plantio que performou melhor na sua fazenda nos últimos dez anos”, diz Santos. (F.G.)

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Divulgação A estreia no mercado de sementes vai permitir que a BASF tenha olhar voltado à genética e ao controle da lavoura, garantindo ao produtor cada vez mais produtivid­ade e rentabilid­ade

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