Justiça revoga afastamento de prefeito de Rolândia
Luiz Francisconi Neto está afastado desde setembro do ano passado após a deflagração da Operação Patrocínio
“Nós fazer uma avaliação se vamos recorrer desta decisão”, afirma o promotor, uma vez que “o prefeito pode usar o poder inerente ao seu cargo de intimar testemunhas, inviabilizar a produção de provas necessárias ao devido processo legal”, conclui.
Também de acordo com o promotor, por enquanto, as audiências de instrução onde o Tribunal vai ouvir as testemunhas arroladas pelo MP e pelas defesas ainda não estão agendadas.
CÂMARA
Na Câmara de Rolândia seis dos dez parlamentares votaram pela cassação do mandato do prefeito. No entanto, o presidente da Casa, Eugênio Serpeloni (PSD), o presidente da Comissão Processante, Irineu de Paula (PSDB), a vereadora Maria do Carmo (PSDB) e o suplente do autor da denúncia, João Gaúcho (PSC), Leandro Olímpio (PSC), se abstiveram de votar. Eram necessários no mínimo sete votos para a cassação do mandato.
De acordo com o Ministério Público Francisconi recebeu R$ 150 mil em cheques dos proprietários da Somopar para direcionar o processo licitatório de modo a impedir que empresas de fora de Rolândia pudessem participar. Estes valores, repassados pelo então coordenador de campanha e futuro secretário municipal Dário Campiolo, teriam sido declarados como doações da campanha de reeleição à Prefeitura, uma vez que ele assumiu o Executivo em um mandato “tampão” após o afastamento de Johnny Lehmann (PTB).
A operação “Patrocínio” também culminou no afastamento de secretários municipais que solicitavam a empresas terceirizadas valores em propina. De acordo com o MP foram desviados do município de Rolândia pelo menos R$ 240 mil.