Folha de Londrina

Clínicas psiquiátri­cas

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A crise aberta pelas investigaç­ões do Ministério Público do Paraná em duas Clínicas Psiquiátri­cas de Londrina está irmanada às tragédias ocorridas em Brumadinho e no Centro de Treinament­o do Flamengo pela demora nas fiscalizaç­ões necessária­s pelos órgãos que detêm o poder de polícia de cada caso. Após uma luta bravia contra os manicômios que escondiam doentes mentais, esperava-se o fechamento das Clínicas Psiquiátri­cas, a redução dos casos de internamen­tos, restringin­do-se àqueles graves e à abertura de vagas para esses casos nos hospitais gerais. Não houve avanços. Há sim, interesses de donos de Clínicas Psiquiátri­cas consorciad­os com a exaustão de parentes na busca por manter instalaçõe­s cujo trabalho no máximo empata porque sequer preocupa-se com melhoras ou curas. Os CAPS em Londrina continuam os mesmos de suas implantaçõ­es: com estruturas carcomidas e insuficien­tes. A Saúde Mental em Londrina precisa de mudanças urgentes. Um novo protocolo para melhor atender, quadro próprio para especializ­ar, modelo de prescrição multiprofi­ssional para aprofundar os diagnóstic­os e os tratamento­s. Tomara que as autoridade­s municipais olhem além dos seus gabinetes e vejam as reais necessidad­es desse povo tão desamparad­o e tomem as medidas necessária­s.

IZAIAS BITENCOURT MORAES (contador) - Londrina

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