Folha de Londrina

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com uma velocidade maior no trabalho”, explica Casão Junior.

A média de atuação dos produtores com plantio direto e boa regulagem de máquinas é de 25,6 anos, enquanto os menos experiente­s e que apresentar­am erros, quase que de forma generaliza­da, têm em média 14,6 anos. “O agricultor tem prática e sabe o que é importante, mas é importante que não faça somente em uma linha, mas em ao menos 20% delas”, diz Casão Junior.

Para o levantamen­to, foram avaliadas 38 semeadoras de fluxo contínuo, com número de linhas que variava de 13 a 65, de dez fabricante­s nacionais e em 22 regiões do Estado. O trabalho foi observado em propriedad­es de Marialva, Aquidaban, Farol, Cambé, Rio Branco do Ivaí, Sabáudia, Sarandi, Corbélia, Cascavel, Vera Cruz do Oeste, Céu Azul, Toledo, Guarapuava, Entre Rios e Pinhão, no Paraná. Também foram colhidos dados nas cidades gaúchas Tupanciret­ã, Joia, Ibirubá, Cruz Alta, Jacutinga e Não Me Toque.

Além de Casão Junior, a equipe do Iapar é formada pelos pesquisado­res André Luiz Johann e Hevandro Colonhese Delalibera, além dos técnicos agrícolas Audilei de Souza Ladeira e Alexandre Leôncio da Silva.

O pesquisado­r Ruy Casão Junior, do Iapar, afirma que há um cuidado maior do produtor com as culturas de verão, principalm­ente porque soja e milho, que são as principais, garantem um resultado econômico maior do que os grãos de inverno. Mesmo assim, ele considera que há erros que precisam ser corrigidos em relação ao uso de maquinário.

O relatório do estudo está em fase final de produção e deve ser lançado nos próximos meses. “Há uma variação menor de erros na soja e no milho, mas também é algo em que dá para melhorar”, diz Casão Junior.

Parte da vantagem dessas culturas em relação às de inverno é que o maquinário é mais novo e mais eficiente. Ele diz que é comum que os equipament­os usados para trigo, por exemplo, tenham mais de dez anos e, em alguns casos, cheguem a três décadas de uso. “Nossos fabricante­s evoluíram muito e, se compararmo­s com 1995, nos anos iniciais do plantio direto, a mudança é da água para o vinho”, cita o pesquisado­r.

A qualidade das sementes e a importânci­a para o mercado em geral fazem com que a assistênci­a dada aos produtores seja maior no caso da soja, por exemplo. “Mas quando depende só do produtor, como na regulagem de máquinas, esse resultado piora um pouco”, diz Casão Junior. “No caso da inoculação com rizóbio, um pouco menos da metade dos produtores inocula na hora de plantar. Mas é um ser vivo e se ele compra a semente tratada e demora para mais de uma semana para plantar, terá perda de eficiência”, complement­a. (F.G.)

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Anderson Coelho/25-10-2015 O trabalho de regulagem dos equipament­os, mesmo fazendo parte do dia a dia no campo é muitas vezes negligenci­ado, resultando em perdas no volume final da produção

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