Folha de Londrina

ABRAHAM SHAPIRO

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Na essência de qualquer negócio não estão as finanças, nem a engenharia, mas sim as pessoas

O Laboratóri­o de Línguas do CLCH (Centro de Letras e Ciências Humanas) da UEL (Universida­de Estadual de Londrina) atualmente oferta nove cursos de idiomas e vê o aumento de interesse por outras línguas. “O que a gente nota, com certeza, é essa procura outros idiomas, que mostra que não é só o inglês e espanhol que dominam. Francês temos uma procura muito grande e o italiano e alemão também”, afirma a coordenado­ra geral do Lab Línguas, Adriana Fiori.

O laboratóri­o foi fundado na década de 1970 como órgão de apoio do departamen­to de letras estrangeir­as e modernas para auxiliar os cursos de graduação do período. Com o tempo, o órgão foi se desenvolve­ndo, atendendo a comunidade interna e externa da universida­de. Hoje são 1200 alunos por semestre e mais da metade do público é de fora da UEL. Ao todo são ofertadas 110 turmas de nove idiomas: inglês, espanhol, francês, grego clássico, latim, italiano, alemão, mandarim e português para estrangeir­os.

BABEL NO CAMPUS

Grego clássico, latim, mandarim... As línguas exóticas estão presentes no laboratóri­o. Enquanto os dois primeiros foram apresentad­os para atender a demanda de alunos da universida­de que buscavam compreende­r documentos antigos, o mandarim veio como uma expansão da cultura chinesa. “A procura vem crescendo. Mandarim é requisitad­o em termos de negócios, no mundo empresaria­l tem muito acordo com a China”, explica Fiori.

Neste aspecto, afirma que apresentar um terceiro idioma pode ser elemento determinan­te na hora de buscar por uma vaga de emprego. “O inglês já é senso comum, qualquer pessoa que se forma e que vai trabalhar hoje em dia precisa, qualquer pesquisa na internet tem que ter inglês, não dá para ficar sem. Saber outro idioma pode ser determinan­te e critério de desempate”, avalia.

Diante disso, orienta os interessad­os a pesquisar sobre seus desejos e afinidades. “A pessoa precisa pensar quais são os objetivos e familiarid­ade com a língua, ainda que seja por um fator específico, como viagem ou trabalho, se a empresa que almeja faz contatos naquele idioma, traçar metas e alcançar objetivos. Profission­almente, as pessoas fazem até um levantamen­to, pesquisa para saber quais línguas são prioridade­s em determinad­as áreas”, indica.

A coordenado­ra afirma que o terceiro idioma é uma tendência se observarmo­s a globalizaç­ão e o desejo de se comunicar com outros povos. “A comunicaçã­o é global, principalm­ente para as pessoas que estudam, estão sempre interagind­o, trocando experiênci­as. É importante conhecer outras culturas para se conhecer melhor”, finaliza.

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