Violência contra LGBTs
Enquanto a esperança de vida do paranaense ao nascer é de 77,4 anos, uma pessoa trans vive em torno de 35 anos. A estimativa é da Antra (Associação Nacional de Transexuais e Travestis do Brasil). Esse problema ocorre por conta violência. Segundo balanço do Disque 100, de 2016 para 2017 o Paraná teve um aumento de 26,09%, de 46 para 58, nas denúncias de violência física e psicológica contra a população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais).
O “T” da sigla é o mais afetado. Débora Anhaia de Campos, médica voluntária e fundadora da rede de proteção e promoção dos direitos das pessoas transgêneras e travestis de Londrina, “uma pessoa LGBT é assassinada por motivo de ódio a cada 19 horas no Brasil”.
Foi o que ocorreu com Scarlety Mastroianny, 35, que morreu depois de ter sido agredida na avenida Leste-Oeste, no centro, em dezembro do ano passado. Segundo a Polícia Civil, os suspeitos do assassinato estavam em um carro que rondava o local e atacaram duas travestis. Uma conseguiu fugir, mas Scarlety não teve essa sorte. “Sabemos que muitas meninas vêm de fora e muitas vezes são enterradas como indigentes em situações assim, e não têm a identidade de gênero respeitada nem depois da morte”, disse a servidora pública Vicky Reale, que é travesti.