IBGE inicia teste do Censo Demográfico 2020
Rio
- O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) dará início, nesta quartafeira (20), aos testes piloto do Censo Demográfico 2020, apesar de o levantamento ainda estar ameaçado de postergação pela falta de verbas e de contratação de pessoal. O custo total do trabalho foi calculado em R$ 3,4 bilhões.
Em 2018, o IBGE pediu ao Ministério do Planejamento R$ 344 milhões para investimento em equipamentos e software no ano de 2019. Do orçamento pleiteado, foram concedidos apenas R$ 240 milhões. No ano passado, o órgão recebeu R$ 6,7 milhões para os preparativos da operação censitária, de uma previsão inicial de R$ 7,5 milhões. Outros R$ 3,056 bilhões serão necessários para viabilizar a coleta de dados em 2020.
O órgão ressalta que outro pré-requisito fundamental para a condução do levantamento censitário é a contratação dos funcionários que percorrerão todos os domicílios brasileiros. “O orçamento do Censo 2020 e os processos seletivos necessários para a contratação dos recenseadores ainda aguardam autorização do governo federal”, informou o IBGE, em nota.
A coleta do Censo 2020 está prevista para começar em agosto do ano que vem. No levantamento, cerca de 220 mil recenseadores visitarão mais de 70 milhões de domicílios nos 5.570 municípios brasileiros. No teste que começará nesta quarta-feira, o objetivo será replicar a rotina das visitas domiciliares e da coleta de informações para verificar o funcionamento dos dispositivos móveis de coleta - os smartphones com os questionários digitais.
Uma das etapas a serem avaliadas no teste é a Pesquisa Territorial do Entorno Urbanístico dos Domicílios, que define as principais características das áreas urbanas antes que os recenseadores comecem as visitas domiciliares. Nos próximos dias, serão testados os parâmetros e as rotinas do levantamento de campo, o que é feito pelos especialistas em geociências do IBGE.
A Pesquisa do Entorno Ur- banístico verifica se os domicílios estão em um aglomerado subnormal, como as favelas, se as ruas têm calçamento, iluminação pública, coleta de lixo, bueiros, pontos de ônibus, faixas para pedestres, arborização ou se as vias de acesso permitem a passagem de veículos. Outras questões verificadas são esgoto a céu aberto, rampas para portadores de deficiência, calçadas para cadeirantes, piso tátil para deficientes visuais e ciclovias.