Sanders lança campanha às eleições presidenciais de 2020
Político encontra um campo de batalha inflado, com vários democratas já anunciando disputa pela candidatura
Nova York -
O senador Bernie Sanders, de Vermont, lançou nesta terça-feira (19) sua campanha às eleições presidenciais dos EUA em 2020, em que deve disputar a candidatura democrata e, se bem-sucedido, enfrentar o republicano Donald Trump. É a segunda vez consecutiva em que ele entra na disputa pela nomeação. Em 2016, perdeu a briga para a ex-secretária de Estado Hillary Clinton, que acabou derrotada por Trump.
O senador de Vermont, 77, fez o anúncio em uma entrevista à rádio pública de Vermont. “Nós começamos a revolução política na campanha de 2016, e agora é hora de levar aquela revolução adiante”, afirmou. Em email enviado a apoiadores, também falou sobre a agenda progressista iniciada três anos antes e cujas ideias, ressaltou, foram tachadas de “radicais” e “extremas”. “Como resultado de milhões de americanos lutando, essas políticas agora são apoiadas por uma maioria de americanos.”
No texto, Sanders também critica aquele que deverá ser seu adversário, caso conquiste a indicação democrata. “Vocês sabem tão bem quanto eu que nós estamos vivendo um momento crucial e perigoso da história americana”, afirmou. “Estamos concorrendo contra um presidente que é um mentiroso patológico, uma fraude, um racista, sexista, xenófobo e alguém que está minando a democracia americana conforme nos leva a uma direção autoritária.”
Sanders entra na briga com o maior número de seguidores em mídias sociais. Para 2020, o senador também encontra um campo de batalha inflado, com vários democratas já anunciando disputa pela candidatura do partido, e alguns com plataformas parecidas com as bandeiras de Sanders, como saúde para todos, estabelecimento de um salário mínimo federal de US$ 15 por hora, impostos maiores pa- ra ricos e ensino superior gratuito.
A trajetória política de Sanders começou em 1981, como prefeito em Burlington, a maior cidade de Vermont. Durante 16 anos, ele foi o único congressista do Estado, antes de ser eleito ao Senado, em 2006. Dez anos depois, recebeu 13 milhões de votos durante a tentativa de conquistar a indicação democrata. Embora tenha endossado a candidatura de Hillary, muitos de seus apoiadores não votaram na ex-secretária de Estado americana.
A campanha eleitoral de 2016 de Sanders não escapou incólume de polêmicas. Em janeiro deste ano, ele teve que lidar com acusações de assédio sexual supostamente cometidos por funcionários da organização de sua candidatura. Ele pediu desculpas e afirmou que não tinha conhecimento das condutas inapropriadas porque estava ocupado percorrendo o país na disputa pela nomeação democrata.