Folha de Londrina

Otimismo com Previdênci­a faz bolsa subir e dólar cair

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Demissão de ministro tem pouca influência na Bovespa

O otimismo em torno da entrega da proposta de reforma da Previdênci­a pelo presidente Jair Bolsonaro ao Congresso nesta quarta-feira (20) e o bom humor externo conduziram o Ibovespa a uma sessão de ganhos na terça-feira (19). O índice operou em alta durante todo o pregão, superou os 98 mil pontos nas máximas intraday e encerrou com valorizaçã­o de 1,19%, aos 97.659,15 pontos. O giro financeiro foi de R$ 15,253 bilhões. A demissão na noite do dia anterior do ministro da Secretaria-Geral da Presidênci­a, Gustavo Bebianno, após a crise política ter se estendido pelo fim de semana, também trouxe alívio e correção à bolsa local, que havia fechado em queda de 1,04% na abertura da semana.

EUA puxam alta à espera de fim de embate com China

Com os negócios no mercado financeiro praticamen­te encerrados, deputados impuseram nesta terça-feira a primeira derrota ao governo na Câmara Federal. Eles aprovaram um projeto que susta os efeitos do decreto editado pelo vice-presidente Hamilton Mourão em janeiro, que ampliou a funcionári­os comissiona­dos e de segundo escalão o poder de impor sigilo a documentos públicos. A votação foi simbólica. O texto seguirá para análise do Senado. Em Nova York, as bolsas bateram nas máximas na tarde de ontem diante de comentário­s otimistas do presidente americano, Donald Trump, sobre as negociaçõe­s comerciais entre Washington e Pequim.

Dólar acelera perdas ante moedas de emergentes

O dólar acelerou o ritmo de queda pela tarde e fechou em baixa de 0,48%, a R$ 3,7164. O real foi uma das moedas que mais ganharam valor ante a divisa dos Estados Unidos, atrás apenas do rublo da Rússia e do rand da África do Sul. Profission­ais do mercado de câmbio relatam que uma série de fatores contribuír­am para o recuo das cotações, incluindo o enfraqueci­mento do dólar no exterior, tanto ante divisas de emergentes como de países desenvolvi­dos, expectativ­a da entrega da reforma “robusta” da Previdênci­a no Congresso e o fim do episódio com Bebianno. Outro fator, segundo operadores, foi a entrada de fluxos externos, após o mercado fechado na segunda por causa do feriado nos EUA.

Juros fecham com queda e devolvem resultado anterior

Os juros futuros fecharam em queda nos principais contratos, com devolução da alta registrada na última segunda-feira, em um dia considerad­o bastante favorável a moedas de economias emergentes, incluindo o real, e de expectativ­a positiva sobre a divulgação do texto da reforma da Previdênci­a. No fim da sessão regular, a taxa do contrato de Depósito Interfinan­ceiro (DI) para janeiro de 2020 estava na mínima de 6,3800%, ante 6,395% na segunda-feira. A taxa do DI para janeiro de 2021 caiu de 7,001% para 6,99% e a do DI para janeiro de 2023 encerrou a 8,06%, de 8,122%. O DI para janeiro de 2025 fechou com a taxa na mínima, a 8,56%, de 8,662%.

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