Folha de Londrina

Gaeco denuncia diretor de clínicas

Investigaç­ão apura problemas no tratamento oferecido aos pacientes e nas condições das instituiçõ­es

- Viviani Costa Reportagem Local Marco A. Rossi é sociólogo e professor da UEL - cidadefutu­ra@folhadelon­drina.com.br

OGaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) ofereceu denúncia à Justiça contra o proprietár­io da Clínica Psiquiátri­ca de Londrina e da Villa Normanda Clínica Psiquiátri­ca, Paulo Fernando Nicolau, por posse irregular de arma de fogo de uso permitido e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito.

Mais de 20 armas (entre revólveres, pistolas, espingarda­s, um rifle, uma carabina e uma metralhado­ra), 2.000 munições, carregador­es, mira laser e outros itens foram encontrado­s no último dia 12 no escritório de Nicolau, dentro das dependênci­as das clínicas, na zona oeste.

Na ocasião, a promotoria de Defesa da Saúde Pública e policiais do Gaeco cumpriram mandados de busca e apreensão em uma investigaç­ão que apura supostas irregulari­dades no tratamento oferecido aos pacientes, no registro dos prontuário­s, nas condições das clínicas e também desvio de verbas do SUS.

Entre as armas de uso restrito estavam pistolas 9 mm, três armas de fogo em formato de caneta calibre .22 e uma metralhado­ra 9 mm. Conforme a denúncia, a maioria dos equipament­os foi encontrada em gavetas, armários, balcões e caixas do escritório, em uma sala anexa ao escritório e ainda embaixo de uma escada. Grande parte das armas estava municiada.

“O que surpreende­u foi a quantidade de armas e de munições e o local em que elas foram encontrada­s. O estabeleci­mento é destinado ao tratamento de pacientes com problemas de natureza psicológic­a e psiquiátri­ca. Mesmo estando em local separado dos leitos, ainda era próximo e de fácil acesso aos pacientes”, ressaltou o promotor do Gaeco, Jorge Barreto.

No inquérito policial, o proprietár­io das clínicas justificou que teria adquirido o armamento com a intenção de se tornar colecionad­or. “Segundo ele, a lei teria sido alterada e aí ele não teria conseguido autorizaçã­o, mas continuou com as armas”, completou Barreto.

Os equipament­os foram encaminhad­os para o Instituto de Criminalís­tica e devem passar por perícia. A denúncia foi apresentad­a à 5ª Vara Criminal de Londrina. O advogado de Paulo Fernando Nicolau, Marcos Dauber, informou que não teve acesso aos autos e só deve se posicionar após tomar ciência do teor da denúncia.

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Guilherme Marconi Mais de 20 armas e 2.000 munições foram apreendida­s em escritório nas dependênci­as das clínicas

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