‘Não pode deixar faltar, nem sobrar’
Depois que a Cozinha de Lourenço encerra o buffet do almoço, por volta das 14h, os funcionários comem e então o local é aberto para receber os portadores de vouchers do ECOFOOD. Nos primeiros dias, foram oferecidos dois ou três. As marmitas são bem servidas, diz a sócia Rose Silva Freitas - com cerca de 600 g de ravióli, maminha, feijão, arroz biro biro, por exemplo - e são vendidas a R$ 12,50. Para evitar o desperdício, o restaurante trabalha com um coach que orienta o estabelecimento em relação às melhores práticas. Mas mesmo assim, nem sempre é possível evitar o excedente. “Fazemos em média 80 Kg de comida e costumamos receber mais de 200 pessoas. Mas, feriado, por exemplo, não tem jeito. Pode ser que a pessoa viaje e, quando se trabalha com self-service, não pode deixar faltar, nem sobrar, porque é o meu lucro que está ali”, comenta a sócia.
No primeiro dia, o Pastel Mel disponibilizou no aplicativo cinco vouchers de marmitex médias, com cerca de 500 g de comida do buffet a R$ 12, valor cerca de 40% mais barato que a marmitex executiva vendida normalmente no estabelecimento. Rose Furunchi, gerente geral do restaurante, afirma que o estabelecimento já estava fazendo estudos para evitar o desperdício de alimento do buffet. “Queira ou não, a gente tinha dificuldades de manter pouco alimento no final no buffet. As pessoas que chegam querem qualidade e variedade. Por isso a gente tem que repor até determinado horário e não tem movimento suficiente para acabar com toda a comida. Deixamos para os funcionários no período da noite jantarem e ainda assim acabamos jogando muita coisa fora.” O aplicativo foi uma solução encontrada para o problema. A ideia, porém, é oferecer a menor quantidade possível de vouchers no aplicativo. “Quanto menos disponibilizar, melhor, porque quer dizer que não tem muita comida sobrando.”