Brasileiro de 2019 terá árbitro de vídeo
São Paulo
- Por unanimidade, os 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro aprovaram o uso do VAR (árbitro de vídeo) em 2019. A proposta foi apresentada pela CBF e votada pelos presidentes das equipes em reunião nesta sexta-feira (22), na sede da entidade, no Rio de Janeiro.
Após resistência dos clubes em arcar com os custos da tecnologia (avaliados no ano passado em R$ 50 mil por partida), a confederação afirmou que pagará pela implementação. Os times ficarão encarregados apenas dos custos dos árbitros de campo e dos operadores do sistema.
A Folha de S.Paulo apurou que o custo será de R$ 348 mil por ano para cada equipe. Uma parte das equipes aceitava pagar pelo equipamento para evitar erros de arbitragem durante a competição. Mas havia os cartolas que diziam ser impossível incorporar tal gasto ao orçamento.
O VAR já foi utilizado no ano passado em competição organizada pela CBF. E teve papel preponderante. Na final da Copa do Brasil, entre Corinthians e Cruzeiro, o árbitro Wagner do Nascimento Magalhães usou o recurso eletrônico para marcar um pênalti para a equipe paulista e anular um gol dela.
O recurso, aprovado pela Fifa, também entrou em uso na Copa do Mundo do ano passado e influiu em decisões também na final. Graças ao vídeo, o juiz argentino Nestor Pitana assinalou pênalti para a França quando a partida com a Croácia estava empatadaem1a1.
Não foram divulgados detalhes de quantas câmeras serão utilizadas no Campeonato Brasileiro. Na Copa do Brasil, foram de 14 a 16, menos do que no Mundial da Rússia (entre 33 e 35).
Mas os clubes recusaram outra proposta da CBF, que era a de limitar a uma a troca de técnico para cada clube durante a competição. A maioria dos dirigentes considerou inviável e questionou como seria implantada em caso de demissão por justa causa, em caso de saída por decisão do próprio treinador e outros detalhes.
Em votação, foi aprovado o limite de inscrição para 45 jogadores, sendo que cinco podem ser trocados no decorrer do torneio. Atletas das categorias de base até 20 anos não entram na restrição.