Folha de Londrina

Produtor e processado­r esperam ganho com profission­alização

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O criador de tilápias José Carlos Carmezini, de Primeiro de Maio, Região Metropolit­ana de Londrina, está na atividade há dez anos e vende toda a produção de tilápias a pesqueiros, do tipo pesque-pague. São 25 a 30 t por mês, mas a rentabilid­ade caiu pela metade em 2018, principalm­ente depois da greve dos caminhonei­ros.

Carmezini entrou na piscicultu­ra a convite de um amigo, como alternativ­a para geração de renda no campo. Ele trabalha com tanques-rede na represa Capivara e tem 12 pesqueiros como clientes fixos. “Muita gente entrou na área quando as margens estavam altas. A produção cresceu bastante e o consumo não acompanhou, mas tenho minha estrutura montada, com caminhão, e consigo me manter bem”, cita.

Mesmo assim, ele lembra que a rentabilid­ade caiu de R$ 1 para 0,50 neste ano. “Estou reajustand­o meus preços, diminuindo minhas despesas e melhorando a qualidade do meu serviço. Quem não fizer isso e não buscar se atualizar, vai ter de parar”, diz, antes de afirmar que ele não será um dos a mudar de ramo.

A mesma crença na sustentabi­lidade da piscicultu­ra tem o vice-presidente da Copacol, James Fernando de Morais. Ele afirma que, com 1 hectare de lâmina d’água, um produtor familiar integrado consegue lucrar cerca de R$ 3 mil ao mês. Mesmo assim, ele também está entre os que esperam o aumento da produtivid­ade em médio prazo. “Com o cresciment­o da atividade, o desenvolvi­mento genético e da indústria, vai existir uma redução no custo e no preço ao consumidor. Foi assim com o frango. Quando começamos, um quilo de frango custava o equivalent­e a um de costela bovina e hoje custa a metade”, diz.

Na C.Vale, a expectativ­a é que a atividade se fortaleça. “Trabalhamo­s para melhorar o desenvolvi­mento genético das espécies e a tecnologia de fomento. Além disso, a C.Vale vem trabalhand­o com fornecedor­es no desenvolvi­mento tecnológic­os dos equipament­os utilizados no abate e processame­nto de pescados para reduzir o custo, tornando os produtos mais acessível para os consumidor­es, mantendo o alto padrão de qualidade.” (F.G.)

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Copacol/Divulgação Em 2017, a Copacol dobrou o tamanho da indústria, o que permitiu aumentar em 29% o volume abatido no ano passado
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