Folha de Londrina

Maia admite que CCJ deve ficar para depois do Carnaval

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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), admitiu que a instalação da Comissão de Constituiç­ão, Justiça e Cidadania (CCJ) deve acontecer apenas depois do Carnaval. O colegiado é a porta de entrada da maioria dos projetos que passa pelo Congresso, inclusive a proposta de reforma da Previdênci­a. É nesta instância que os deputados avaliam se o projeto é constituci­onal ou não.

Havia uma perspectiv­a de que a CCJ fosse instalada na terça-feira (26). No entanto, Maia disse que ainda precisa conversar com o PT para fechar o desenho das comissões permanente­s da Casa. A CCJ será presidida pelo PSL e o partido ainda discute quem será o presidente indicado.

Maia negou que irá aguardar o envio do projeto de lei que definirá as regras para a aposentado­ria dos militares para que seja a instalada a CCJ, mas admitiu que há apreensão, por parte do parlamento, para o envio do PL.

“Avisei Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil que havia incômodo em relação ao PL dos militares. Falei que governo tinha minha palavra de que o PL dos militares será votado logo após a votação da emenda constituci­onal da Previdênci­a”, disse Maia a jornalista­s ao chegar na Câmara, no período da tarde, para a reunião de líderes.

Maia afirmou que não acredita que instalar a CCJ após o Carnaval atrase a tramitação da Previdênci­a. “Será só mais uma sessão”, comentou.

Ele disse também que isso pode dar mais tempo ao governo organizar sua base. “Organizaçã­o do governo ainda está lenta”, comentou. Há uma série de críticas entre parlamenta­res sobre a falta de diálogo entre o governo Bolsonaro e a Casa. “Não dá pra votar (admissibil­idade) de qualquer jeito, porque hoje há o risco de ter um resultado não favorável para a emenda constituci­onal.”

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