Cratera no Neman Sahyun tem sete metros de profundidade
Empresa deverá ser contratada nesta semana para reparar a erosão; o trajeto do ônibus foi alterado
Acratera que se abriu há cerca de duas semanas na rua Edmundo Gonçalves, no Jardim Neman Sahyun (zona sul de Londrina), só poderá ser reparada se uma empresa for contratada em caráter emergencial, ou seja, com dispensa de licitação. Esta é a solução encontrada pela prefeitura, pois a obra demanda maquinários que a secretaria municipal de Obras e Pavimentação não dispõe e coloca em risco a segurança da população. Na semana passada, o local foi isolado e a linha 202 - Roseira, do transporte coletivo, foi alterada para não comprometer ainda mais o asfalto. Os ônibus estão passando agora na rua de cima, a David Santos Filho.
O secretário da pasta, João Verçosa, informou que uma reunião com a equipe técnica irá definir o projeto e valores ainda nesta semana, quando também deverá ocorrer a contratação de uma empresa para executar o serviço. “A contratação emergencial é permitida pela legislação. Licitar essa obra seria muito demorado e não temos esse tempo, pois a erosão tem mais de sete metros de profundidade e cerca de dez metros de diâmetro. Está complicado”, afirmou.
A moradora Ana Carolina de Oliveira Capelin comentou que a erosão se formou por conta das chuvas e que a vizinhança está preocupada. “Tem muita gente curiosa que chega perto do buraco e está perigoso demais. Dois cachorros já caíram ali. Penso se a prefeitura não colocou esses desvios já pensando na demora para consertar”, disse.
Verçosa explicou que a rede de galerias pluviais daquele loteamento tem mais de 20 anos, o que torna o local suscetível a problemas, especialmente em situações de chuva. “Nesse trecho há um entroncamento de galerias, o que chamamos de poço de queda. Houve um vazamento e, com o volume de chuva dos últimos dias, o asfalto acabou cedendo. A solução provavelmente será desviar a tubulação da rede”, apontou.
SANTA RITA
Na zona oeste, no jardim Santa Rita, as obras de recomposição no fundo de vale do ribeirão Quati estão 50% concluídas, de acordo com o mestre de obras Emerson Felizardo, da Geo Technology Geotcnia e Construção Ltda, responsável pelo serviço.
Em junho de 2016, uma cratera de aproximadamente 25 metros de largura e mais de dez metros de profundidade se abriu no local em decorrência de um rompimento de redes de galerias pluviais. Na época, uma medida emergencial de aterramento foi tomada para que a erosão não atingisse as residências no entorno, como a de Eurico Domingues, que mora com o filho e o neto.
Hoje, ele comemora o andamento das obras. “Se esse trabalho não começasse logo, tudo ia para o buraco, mas agora sinto que vai ficar tudo bem”, disse Domingues. A FOLHA esteve no canteiro de obras na manhã de segunda-feira (25) e encontrou com o líder comunitário da zona oeste, Paulo Rodrigues. Ele comentou que “a obra está saindo depois de muito custo e que por isso a vizinhança está de olho para tudo sair como planejado”.
A ordem de serviço para a recomposição de rede de galerias pluviais e execução de obra de contenção foi dada em junho de 2018 e o prazo de conclusão é em setembro deste ano. O valor total da obra é de R$ 2.197.818.49.
De acordo com Verçosa, além do desvio de tubulação para captar a água dos bairros Santa Rita e Leonor, será feita uma recuperação da área.
“Se o trabalho não começasse logo, tudo ia para o buraco, mas agora sinto que vai ficar tudo bem”