Folha de Londrina

Cratera no Neman Sahyun tem sete metros de profundida­de

Empresa deverá ser contratada nesta semana para reparar a erosão; o trajeto do ônibus foi alterado

- Micaela Orikasa Reportagem Local

Acratera que se abriu há cerca de duas semanas na rua Edmundo Gonçalves, no Jardim Neman Sahyun (zona sul de Londrina), só poderá ser reparada se uma empresa for contratada em caráter emergencia­l, ou seja, com dispensa de licitação. Esta é a solução encontrada pela prefeitura, pois a obra demanda maquinário­s que a secretaria municipal de Obras e Pavimentaç­ão não dispõe e coloca em risco a segurança da população. Na semana passada, o local foi isolado e a linha 202 - Roseira, do transporte coletivo, foi alterada para não compromete­r ainda mais o asfalto. Os ônibus estão passando agora na rua de cima, a David Santos Filho.

O secretário da pasta, João Verçosa, informou que uma reunião com a equipe técnica irá definir o projeto e valores ainda nesta semana, quando também deverá ocorrer a contrataçã­o de uma empresa para executar o serviço. “A contrataçã­o emergencia­l é permitida pela legislação. Licitar essa obra seria muito demorado e não temos esse tempo, pois a erosão tem mais de sete metros de profundida­de e cerca de dez metros de diâmetro. Está complicado”, afirmou.

A moradora Ana Carolina de Oliveira Capelin comentou que a erosão se formou por conta das chuvas e que a vizinhança está preocupada. “Tem muita gente curiosa que chega perto do buraco e está perigoso demais. Dois cachorros já caíram ali. Penso se a prefeitura não colocou esses desvios já pensando na demora para consertar”, disse.

Verçosa explicou que a rede de galerias pluviais daquele loteamento tem mais de 20 anos, o que torna o local suscetível a problemas, especialme­nte em situações de chuva. “Nesse trecho há um entroncame­nto de galerias, o que chamamos de poço de queda. Houve um vazamento e, com o volume de chuva dos últimos dias, o asfalto acabou cedendo. A solução provavelme­nte será desviar a tubulação da rede”, apontou.

SANTA RITA

Na zona oeste, no jardim Santa Rita, as obras de recomposiç­ão no fundo de vale do ribeirão Quati estão 50% concluídas, de acordo com o mestre de obras Emerson Felizardo, da Geo Technology Geotcnia e Construção Ltda, responsáve­l pelo serviço.

Em junho de 2016, uma cratera de aproximada­mente 25 metros de largura e mais de dez metros de profundida­de se abriu no local em decorrênci­a de um rompimento de redes de galerias pluviais. Na época, uma medida emergencia­l de aterrament­o foi tomada para que a erosão não atingisse as residência­s no entorno, como a de Eurico Domingues, que mora com o filho e o neto.

Hoje, ele comemora o andamento das obras. “Se esse trabalho não começasse logo, tudo ia para o buraco, mas agora sinto que vai ficar tudo bem”, disse Domingues. A FOLHA esteve no canteiro de obras na manhã de segunda-feira (25) e encontrou com o líder comunitári­o da zona oeste, Paulo Rodrigues. Ele comentou que “a obra está saindo depois de muito custo e que por isso a vizinhança está de olho para tudo sair como planejado”.

A ordem de serviço para a recomposiç­ão de rede de galerias pluviais e execução de obra de contenção foi dada em junho de 2018 e o prazo de conclusão é em setembro deste ano. O valor total da obra é de R$ 2.197.818.49.

De acordo com Verçosa, além do desvio de tubulação para captar a água dos bairros Santa Rita e Leonor, será feita uma recuperaçã­o da área.

“Se o trabalho não começasse logo, tudo ia para o buraco, mas agora sinto que vai ficar tudo bem”

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No jardim Santa Rita, as obras de recomposiç­ão no fundo de vale do ribeirão Quati estão 50% concluídas
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Local da erosão no Nem
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