AUDIÊNCIA -
Dirigente e clube foram punidos pelo TJD-PR por “torcida humana” em clássico com o Coritiba
Após reconhecer erro em carta enviada a escolas, o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, compareceu ao Senado e defendeu as cotas em universidades.
São Paulo - O Athletico Paranaense e o presidente Luiz Sallim Emed foram punidos pelo TJD-PR (Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná) por conta da “torcida humana” implementada no clássico contra o Coritiba, dia 30 de janeiro, pelo primeiro turno do Campeonato Paranaense. O julgamento aconteceu na segunda-feira (25) à noite. Luiz Sallim Emed recebeu uma suspensão de 360 dias, enquanto o Athletico foi multado em R$ 200 mil.
Presidente e clube foram condenados quatro vezes no mesmo artigo, o 223, por não reservar um local para os torcedores do Coritiba, não disponibilizar a carga de 10% de ingressos à torcida visitante, descumprir a liminar do TJDPR para disponibilizar cinco pontos de venda de ingressos para os alviverdes e ainda impedir o uso do uniforme do arquirrival na Arena da Baixada. Com isso, os 90 dias de punição ao presidente foram multiplicados por quatro, assim como a multa de R$ 50 mil ao Athletico.
Em contato com a reportagem, Gustavo Rocha, advogado do clube rubro-negro, informou que o departamento jurídico do Athletico irá recorrer ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) caso seja necessário. “Existiam algumas preliminares que alegamos e que impediam o julgamento, mas não foram aceitas pelo TJD-PR. Certamente iremos recorrer para o STJD”, afirmou o advogado, lembrando que antes haverá recurso ao Pleno do TJD-PR.
Antes do clássico, vencido pelo Coritiba por 2 a 1, o clube alviverde buscou na Justiça Desportiva o direito de receber 10% dos ingressos e uma área reservada para a torcida visitante. O Athletico, com apoio do MP-PR (Ministério Público), descumpriu a decisão do TJD e manteve o modelo chamado “torcida humana”. Com isso, os torcedores do Coritiba foram obrigados a assistir ao jogo descaracterizados, e em meio aos rubro-negros.
Na prática, o modelo da “torcida humana” consiste em torcedores de outras equipes que forem à Arena da Baixada não poderem entrar com a camisa de seus clubes e não terem um espaço reservado separadamente para acompanhar aos jogos.
O Athletico Paranaense argumenta que o modelo “torcida humana” vem funcionando bem desde o ano passado. Já de acordo com o MP, o formato com torcida única tenta reduzir a violência e otimizar o trabalho da Polícia Militar.
No clássico contra o Coritiba, porém, houve briga em terminal de ônibus, três detenções e confusões esparsas entre torcedores dentro do estádio do Athletico.