O apoio do PT à violência de Maduro nunca pode ser esquecido
É muito importante que todo cidadão de bem preocupado com a crise na Venezuela, com as cenas dos caminhões de ajuda humanitária sendo queimados pelo exército de Nicolás Maduro ou de venezuelanos sangrando devido à violência do próprio governo, lembre-se, na hora, dos slogans eleitorais de quem dizia representar uma “frente democrática” contra os perigos da “ditadura” que Jair Bolsonaro implantaria no país. Isso porque o criador dessa farsa propagada meses atrás, o Partido dos Trabalhadores (PT), seus partidos satélites, seus puxadinhos sindicais e seus invasores de propriedades agrícolas acabaram de assinar um “manifesto de apoio” ao ditador vizinho.
Isso mesmo. No auge dos abusos, quando o governo venezuelano já perdeu qualquer pudor em perseguir e violentar o próprio povo, quando há abundantes provas de tirania brutal e quando até outros ícones da esquerda latino-americana - como Michelle Bachelet - condenam abertamente a devastação provocada pelo sucessor de Hugo Chávez, mesmo nessas calamitosas condições, o partido que governou nosso país por 13 anos insiste em se “solidarizar com o governo” - não com o povo - e coloca a culpa no antiquíssimo clichê do “imperialismo americano” para explicar o caos na região.
A explicação para tão escandalosa franqueza se deve ao fato de que o período eleitoral passou. O PT e seus agregados não têm mais razões para maquiar a feiura real de sua essência. Aquele partido nunca valorizou de verdade a democracia e seus preceitos. Sempre viu as instituições apenas como meios de manutenção do poder, bem como não hesitou em usar o dinheiro do contribuinte brasileiro para financiar as ditaduras que enxergava como modelos a serem seguidos. Aliás, jamais esqueçamos disso também. O regime monstruoso que governa o agonizante país vizinho recebeu muito do que pagamos de impostos.
São em períodos como o atual, quando o próximo pleito ainda está distante, que se conhece a face real dos grupos e agentes políticos. A posição do PT, de apoio explícito e até orgulhoso ao responsável pela maior desgraça humanitária de nosso continente, precisa ser insistentemente exposta, principalmente aos mais ingênuos, àqueles que ainda creem tratar-se de apenas mais um partido no jogo democrático, só que com ideias diferentes das nossas.
Assim como Maduro, nesse jogo, o PT só quer aquilo que lhe permita chegar ao poder e lá ficar. Se fosse preciso eliminar os outros jogadores e a plateia matando-os até de fome, ele faria.
São em períodos como o atual, quando o próximo pleito ainda está distante, que se conhece a face real dos grupos e agentes políticos
FILIPE BARROS
(PSL-PR), deputado federal