Qualidade da água preocupa municípios
A tragédia ambiental no rio Piquiri preocupa alguns municípios da região. O secretário de Agricultura e Meio ambiente de Nova Aurora (Oeste), João Jamil Morene Bernes, foi até Curitiba para tentar viabilizar uma maneira de repovoar o rio, já que muitas espécies de peixes foram atingidas. “Nós recebemos a promessa da secretaria estadual de Meio Ambiente de que soltarão 150 mil alevinos no rio Piquiri para ajudar a recompor o volume que foi dizimado”, afirma ele. A assessoria do IAP destacou que não está mais ocorrendo a mortandade de peixes e confirmou que em serão liberados 150 mil alevinos tão logo os exames da qualidade da água apontem que há segurança para isso.
A chefe da divisão de Meio Ambiente e turismo de Ubiratã, Cleide Carvalho, afirmou que a grande preocupação é em relação aos níveis de toxicidade da água. “O que o município de Ubiratã quer que se resolva é o problema da qualidade da água do rio. Nós queremos que o IAP só libere a pesca quando houver liberação da qualidade da água, já que não se pode consumir peixes que podem estar contaminados. A água também pode estar contaminada, mas felizmente a captação para o abastecimento de água é da microbacia rio Água Grande, que vai desaguar no Piquiri”, relata. Segundo ela, não há pesca profissional no município.
O promotor Robertson Fonseca, que integra o movimento Pró Ivaí/Piquiri, afirma que aproveitará o episódio para propor uma discussão de medidas de controle de pesca tal qual acordadas pelo Ministério Público (Coordenação das Promotorias de Meio Ambiente da Bacia Hidrográfica, em Campo Mourão), com participação de universidades, municípios e pescadores em relação ao rio Ivaí. Ele questiona sobre quem vai fiscalizar o rio, já que a extensão é muito grande. “Será que tem gente para proibir a pesca no rio inteiro? Não adianta proibir. Tem que educar”, afirma. “Os rios Ivaí e Piquiri são fundamentais para manter saudável o único trecho do rio Paraná que não tem represas, entre Itaipu e Porto Primavera, e que são fundamentais para a reprodução dos peixes”, destaca.
“Será que tem gente para proibir a pesca no rio inteiro?”