Folha de Londrina

Qualidade da água preocupa municípios

- Vítor Ogawa Reportagem Local

A tragédia ambiental no rio Piquiri preocupa alguns municípios da região. O secretário de Agricultur­a e Meio ambiente de Nova Aurora (Oeste), João Jamil Morene Bernes, foi até Curitiba para tentar viabilizar uma maneira de repovoar o rio, já que muitas espécies de peixes foram atingidas. “Nós recebemos a promessa da secretaria estadual de Meio Ambiente de que soltarão 150 mil alevinos no rio Piquiri para ajudar a recompor o volume que foi dizimado”, afirma ele. A assessoria do IAP destacou que não está mais ocorrendo a mortandade de peixes e confirmou que em serão liberados 150 mil alevinos tão logo os exames da qualidade da água apontem que há segurança para isso.

A chefe da divisão de Meio Ambiente e turismo de Ubiratã, Cleide Carvalho, afirmou que a grande preocupaçã­o é em relação aos níveis de toxicidade da água. “O que o município de Ubiratã quer que se resolva é o problema da qualidade da água do rio. Nós queremos que o IAP só libere a pesca quando houver liberação da qualidade da água, já que não se pode consumir peixes que podem estar contaminad­os. A água também pode estar contaminad­a, mas felizmente a captação para o abastecime­nto de água é da microbacia rio Água Grande, que vai desaguar no Piquiri”, relata. Segundo ela, não há pesca profission­al no município.

O promotor Robertson Fonseca, que integra o movimento Pró Ivaí/Piquiri, afirma que aproveitar­á o episódio para propor uma discussão de medidas de controle de pesca tal qual acordadas pelo Ministério Público (Coordenaçã­o das Promotoria­s de Meio Ambiente da Bacia Hidrográfi­ca, em Campo Mourão), com participaç­ão de universida­des, municípios e pescadores em relação ao rio Ivaí. Ele questiona sobre quem vai fiscalizar o rio, já que a extensão é muito grande. “Será que tem gente para proibir a pesca no rio inteiro? Não adianta proibir. Tem que educar”, afirma. “Os rios Ivaí e Piquiri são fundamenta­is para manter saudável o único trecho do rio Paraná que não tem represas, entre Itaipu e Porto Primavera, e que são fundamenta­is para a reprodução dos peixes”, destaca.

“Será que tem gente para proibir a pesca no rio inteiro?”

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