Folha de Londrina

TJ do Paraná manda desbloquea­r bens de ex-prefeito de Assaí

- Vitor Struck Reportagem Local

A desembarga­dora do Tribunal de Justiça do Paraná, Astrid Maranhão de Carvalho Ruthes, acatou pedido da defesa do ex-prefeito de Assaí (Região Metropolit­ana de Londrina), Luiz Alberto Vicente, o Luiz Mestiço (PSDB), e determinou o desbloquei­o dos bens do réu, que responde a ação de improbidad­e administra­tiva proposta pelo Ministério Público no ano passado. A desembarga­dora sustenta que o bloqueio dos bens carece de “análise aprofundad­a do mérito, o que é indevido neste momento processual”.

“Posto isso, manifesta-se o voto no sentido de conhecer e dar provimento ao recurso determinan­do a liberação dos valores constritos pertencent­es ao agravante até ulterior (posterior) deliberaçã­o”, afirma Ruthes.

Mestiço teve quase R$ 1,5 milhão em bens imóveis e móveis bloqueados depois que o Gepatria (Grupo Especializ­ado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidad­e Administra­tiva) ofereceu denúncia de improbidad­e administra­tiva à Justiça.

DENÚNCIA

De acordo com o MP, Luiz Mestiço teria determinad­o a descontinu­idade de convênios da área da saúde em outubro de 2016, com o intuito de prejudicar o sucessor, Acácio Secci (PPS), após derrota nas urnas.

Os contratos que foram descontinu­ados eram com empresas que prestavam os serviços de enfermagem, nutrição e plantões médicos no Hospital Municipal, além de serviços de limpeza realizados por cinco funcionári­os. Segundo a ação do MP, todos estes contratos poderiam ter sido renovados ao menos até maio de 2017, entretanto o ex-prefeito teria alegado problemas financeiro­s no município.

A ação também relata a transferên­cia de gestantes para o Hospital Cristo Rei, em Ibiporã, por conta da ausência de equipe médica de ginecologi­a e anestesia entre novembro e dezembro de 2016, o que teria acarretado queda no número de cirurgias. De 1.044 cirurgias eletivas teriam sido realizadas apenas 319 no período.

A reportagem entrou em contato, mas o Ministério Público não quis comentar a decisão do TJ.

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