Folha de Londrina

STJ nega outro pedido de liberdade de João de Deus

- Amanda Pupo

Brasília -

O ministro Nefi Cordeiro, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), negou nesta quinta-feira (28) um pedido de liberdade do médium João de Deus, preso desde 16 de dezembro de 2018 após ter sido acusado de abuso sexual. O STJ já negou outros pedidos feitos por João de Deus, como em dezembro, quando a soltura também foi rejeitada, e em fevereiro, ocasião em que Cordeiro negou que o médium fosse para a prisão domiciliar.

No caso recentemen­te analisado, a defesa se voltava contra decisão do TJGO (Tribunal de Justiça de Goiás) que negou uma liminar do habeas corpus, de acordo com a assessoria do STJ. Segundo o ministro relator, as regras jurídicas não permitem que um tribunal superior faça esse tipo de avaliação, uma vez que o mérito do pedido de liberdade ainda nem foi julgado pela instância inferior.

João de Deus está preso no Complexo Penitenciá­rio de Aparecida de Goiânia. Em janeiro, a juíza Rosângela Rodrigues dos Santos, da Comarca de Abadiânia, aceitou denúncia e colocou o médium no banco dos réus por violação sexual e estupro de vulnerável.

Ele está preso por conta de denúncias sobre os crimes terem surgido. A defesa nega os crimes e tenta obter a liberdade do acusado por meio de habeas corpus, que já foi negado em diferentes instâncias.

SUPREMO

Depois de o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes se declarar impedido de atuar em processos que envolvam o médium João de Deus, foi a vez do ministro Luiz Fux deixar a relatoria de um pedido de soltura, alegando motivo de foro íntimo.

A defesa do médium apresentou uma reclamação ao Supremo em dezembro passado. O processo inicialmen­te foi distribuíd­o para o ministro Gilmar, que se declarou impedido. Na terça (26), a reclamação passou para a relatoria de Fux.

No último dia 15, a defesa de João de Deus também pediu um habeas corpus ao STF, que, por ser relacionad­o à reclamação, também ficou sob relatoria de Fux. Nesta quinta (28), o ministro declarou impediment­o.

Os dois processos tramitam em segredo de Justiça no STF. Caberá ao presidente da corte redistribu­ílos para um novo relator. Nesta sexta (1º), o decano, ministro Celso de Mello, assume a presidênci­a interiname­nte durante o plantão de Carnaval - o presidente Dias Toffoli viajou para o exterior.(Com Folhapress)

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Marcelo Camargo/Agência Brasil Médium está preso desde 16 de dezembro de 2018, após ter sido acusado de abuso sexual

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