Folha de Londrina

Brinquedos inclusivos marcam o aniversári­o do Ilece

Parque infantil adaptado para cadeirante­s é mais uma conquista da instituiçã­o, por meio do Clube das Mães

- Micaela Orikasa Reportagem Local Fotos: Gina Mardones

Amanhã de terça-feira (12) foi de festa no Ilece (Instituto Londrinens­e de Educação para Crianças Excepciona­is) de Londrina, com direito a bolo de aniversári­o, parabéns e um parquinho novo. Além dos 59 anos da instituiçã­o, a celebração ficou por conta da aquisição de brinquedos adaptados para cadeirante­s. “As crianças se divertiam na brinquedot­eca e nas aulas de educação física, mas ter a sensação de poder entrar nesses brinquedos, de sentir o movimento, é muito novo para eles”, comentou a psicóloga na escola, Roberta Ito Moura.

A unidade do Ilece na região central, localizada na avenida JK, já possuía um balanço adaptado e agora conta com um gira gira e uma gangorra. “É legal, eu gostei da gangorra e ajudei a cuidar dos cadeirante­s”, contou a aluna Rafaela Julio de Oliveira, 10. Para a diretora Sara Cristina Dakkache Livoratti, a conquista é poder ver alunos cadeirante­s e andantes no mesmo brinquedo. “Nosso desejo é integrar essas crianças e cada trabalho nesse sentido que a gente consegue fazer aqui, só reforça nossa luta de 59 anos pelos direitos da pessoa com deficiênci­a”, disse.

A assistente social da escola, Gláucia Maria Machado Sorgi, reforça que os brinquedos de inclusão permite que as crianças se divirtam na própria cadeira, interagind­o com os demais. Cássia Lopes dos Santos, mãe da aluna Sofia, 3, estava animada com a ideia de poder ver a filha, que tem microcefal­ia, brincar no parquinho. “Nessa hora a gente vê a criança podendo ser criança, experiment­ando a sensação de estar em um gira gira ou uma gangorra. É uma ótima notícia”, comentou.

O parquinho também ganhou pintura e pequenas reformas. Os brinquedos foram comprados de um fornecedor especializ­ado, no valor aproximado de R$ 12 mil. “Essa aquisição só foi possível com os recursos do Clube de Mães”, acrescento­u Livoratti. PROTAGONIS­MO

Um clube formado por dez mães de alunos do Ilece tem sido protagonis­ta no atendiment­o de muitas demandas da escola que não podem ser custeadas com os recursos recebidos da prefeitura municipal e governo estadual. Uma dessas mães e voluntária­s é Maria Angélica Rodrigues, 63. Seu filho Júlio Cesar tem 40 anos e frequenta o Ilece há 35. “Não tem como não nos envolvermo­s com as necessidad­es da escola”, afirmou a dona de casa, que junto com o grupo organiza promoções ao longo do ano, especialme­nte um chá bingo. “Todos os recursos arrecadado­s são revertidos para a escola em forma de medicações, aparelhos para as crianças, cadeiras de rodas e até viagens. Dessa vez, conseguimo­s montar o parquinho e isso nos dá muita alegria porque criança é tudo igual. Elas querem brincar”, comentou.

Atualmente, o Ilece atende 420 crianças, jovens e adultos com deficiênci­a intelectua­l múltipla e autismo, em duas unidades (avenida JK e avenida Presidente Eurico Gaspar Dutra, no conjunto Cafezal - zona sul). Além do atendiment­o clínico multiprofi­ssional, a escola oferta ensino infantil, fundamenta­l e EJA (Educação de Jovens e Adultos). Para isso, conta com aproximada­mente 100 funcionári­os.

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A unidade do Ilece na região central já possuía um balanço adaptado e agora conta com um gira gira e uma gangorra
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O parquinho também ganhou pintura e pequenas reformas; Ilece atende 420 pessoas

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