Folha de Londrina

CANDIDATUR­A Ministério Público Eleitoral emite parecer em defesa da cassação do diploma de Boca Aberta

Ação foi movida pelo ex-deputado federal Valdir Rossoni (PSDB), que é o primeiro suplente da coligação

- Guilherme Marconi Reportagem Local

O partido que perde um parlamenta­r eleito, também perde recursos”

Superior Eleitoral) está na fila para ser julgada pelo ministro relator Jorge Mussi. Em seguida o mérito passa pelo plenário da Corte.

No dia 20 de fevereiro, o ministro do STF indeferiu os pedidos de liminares feitos

os efeitos do parecer. “Existem quatro ações contra a expedição do diploma, o que pretende o parecer é entender que este processo possa chegar ao julgamento de mérito.”

Segundo Gonçalves, existem

Eleito deputado federal em outubro de 2018, Emerson Petriv, o Boca Aberta (Pros), enfrenta uma batalha judicial sobre sua candidatur­a. O MPE (Ministério Público Eleitoral) emitiu parecer favorável no último dia 8 de março pela perda do mandato dele. A ação foi movida pelo ex-deputado federal Valdir Rossoni (PSDB), que é o primeiro suplente da coligação.

O advogado Cid Campelo Filho, que protocolou a ação, entende que Boca Aberta estaria inelegível por conta da cassação do mandato de vereador que ocorreu na Câmara Municipal de Londrina em outubro de 2017, após enfrentar uma CP (Comissão Processant­e) por quebra de decoro parlamenta­r.

No parecer, o vice-procurador-geral eleitoral em Brasília, Humberto Jacques de Medeiros, argumentou que a liminar do TJ (Tribunal de Justiça) que autorizava o registro de candidatur­a de Boca Aberta, foi derrubada no dia 4 de outubro, na antevésper­a da eleição. Ou seja, o deputado concorreu sub judice, com risco de perda de mandato. “Esse parecer mostra que o MPE vê reconhecim­ento na nossa tese no sentido que Boca Aberta está inelegível”, informou Campello.

Além do pedido de Rossoni - ex-chefe da Casa Civil do Governo Beto Richa (PSDB) -, outros três recursos contra a candidatur­a de Boca Aberta estiveram em trâmite: a ação movida pelo ex-deputa-

do Osmar Serraglio (PP), segundo suplente da chapa; outra de autoria do ex-deputado Evandro Roman (PSD), que é de coligação diferente; e ainda uma ação do próprio MPE do Paraná. Agora a ação que tramita no TSE (Tribunal

por Serraglio e Roman para derrubar a diplomação de Boca Aberta.

O advogado Guilherme Gonçalves, que atua na defesa de Boca Aberta, minimizou problemas legais nas ações propostas contra o deputado londrinens­e. Um deles seria no pedido que não incluiu o partido dele, o Pros como parte da ação. “O partido que perde um parlamenta­r eleito, também perde recursos. No nosso entendimen­to isso levará à extinção do processo.” Ainda segundo a defesa, a queda da liminar foi publicada no dia 4 de outubro, mas Boca Aberta só foi intimado após o primeiro turno no dia 9 de outubro. “Isso impede que esta causa seja conhecida. O mérito dessa causa também está sub judice”, argumenta Gonçalves.

Em 2018, Valdir Rossoni fez 72.096 votos. Boca Aberta se elegeu deputado federal com 90.158 votos.

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Fernando Cremonez/ CML Segundo a defesa de Boca Aberta, existem problemas legais nas ações propostas

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