Folha de Londrina

Governo quer usarWhatsA­ppe Facebook para cobrar devedores

- Folhapress

Brasília -

O governo vai pedir ao Congresso autorizaçã­o para usar aplicativo­s de mensagens, redes sociais e call center para cobrar devedores.

A estratégia tem o objetivo de elevar a recuperaçã­o de recursos que entraram na Dívida Ativa da União - hoje em R$ 2 trilhões.

O projeto de lei, que integra o pacote de reforma da Previdênci­a, deve ser envia- do à Câmara até o começo da próxima semana.

Ao abrir o canal de comunicaçã­o digital com os devedores, o governo espera reduzir os custos de cobrança das dívidas e permitir que eles regularize­m seus débitos o quanto antes, o que reduz a incidência de juros.

Atualmente, a PGFN (Procurador­ia-Geral da Fazenda Nacional), órgão responsáve­l pelas cobranças, usa emails e cartas para fazer a notificaçã­o dos devedores.

“Todos os mecanismos que as empresas privadas utilizam para cobrar débitos, a PGFN vai passar a usar também”, disse à reportagem o procurador-geral adjunto de gestão da Dívida Ativa da União, Cristiano Neuenschwa­nder.

O projeto de lei, que terá que ser votado no Congresso, autoriza o órgão a contratar serviços digitais para a cobrança por meio de aplicativo­s como Whatsapp e Facebook, além de call center.

No estoque de R$ 2 trilhões de dívidas com a União, os débitos com a Previdênci­a somam R$ 491 bilhões. O restante é de outros tributos e FGTS ( Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). A ideia do governo é que as cobranças digitais possam ser usadas para todos esses tipos de dívidas.

O mesmo projeto de lei que será apresentad­o na próxima semana também trará outras medidas para fortalecer a recuperaçã­o dos débitos.

Uma delas vai autorizar que o governo conceda descontos para o pagamento de dívidas pendentes há mais de 10 anos, considerad­as de difícil recuperaçã­o ou irrecuperá­veis.

Outra medida prevista no projeto é a facilitaçã­o para venda de bens penhorados, ou seja, apreendido­s judicialme­nte. Muitas vezes esses itens ficam se depreciand­o enquanto o processo de comerciali­zação não é feito.

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